DEWTSCHE WELLE
Em visita a Brasília, o secretário-geral das Nações Unidas defende uma composição mais representativa e pluralista do mais poderoso órgão das Nações Unidas, mas não declara apoio a nenhum país.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, voltou a defender a necessidade de reforma no Conselho de Segurança, mas evitou expressar apoio direto à candidatura brasileira.
Em Brasília, Ban Ki-moon reconheceu que a atual estrutura do órgão – formada por 15 integrantes, sendo que apenas cinco possuem o direito a veto – está ultrapassada e não reflete as mudanças estruturais dos últimos 65 anos. Mas, após elogiar a atuação do Brasil no cenário internacional, limitou-se a defender uma composição mais "representativa e pluralista" do órgão, sem citar nenhuma nação.
Bildunterschrift: As declarações de Ban Ki-moon à imprensa foram feitas depois de uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e antes de um encontro com a Presidente da República, Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (16/06).
O sul-coreano, que está no Brasil em busca de apoio à sua recandidatura ao posto de chefe da ONU, elogiou a atuação do país no cenário internacional, e disse que "é certo que pode contribuir ainda mais", destacando o trabalho realizado pelo governo brasileiro em defesa da paz e os programas de combate à fome no mundo.
Reeleição
O secretário-geral das Nações Unidas recebeu o apoio de Dilma para sua reeleição ao cargo do principal posto da ONU. Numa reunião que durou pouco mais de uma hora, Dilma pediu ao secretário-geral das Nações Unidas uma maior representação dos países emergentes no organismo internacional, segundo revelou o porta-voz da Presidência da República.
Ban Ki-moon é o único candidato ao cargo de secretário-geral da ONU e depende agora de uma aprovação por parte do Conselho de Segurança para permanecer no cargo. O Brasil ocupa atualmente um dos dez lugares de membro não-permanente do grêmio.
No cargo desde 2007, quando substituiu Kofi Annan, Ban Ki-moon ficará no posto até o final de 2016, caso seja reeleito. Ele é o oitavo secretário-geral da ONU.
A visita do secretário-geral ao Brasil é a última etapa de uma série à América do Sul, por onde ele passou pela Colômbia, Bolívia, Argentina e pelo Uruguai. Na Argentina, devido à nuvem de cinzas do vulcão Puyehue, que toma conta de parte do país, ele enfrentou nove horas de viagem de ônibus, do interior até a capital, Buenos Aires. No Uruguai, ele viajou de barco.
AS/lusa/abr - Revisão: Rodrigo Rimon
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