G1 RJ
Reajuste de 5% não agradou a classe, que segue pedindo libertação de 439. Grupo continua acampado nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio.
Nem a chuva que cai no Rio, no final da tarde desta quinta-feira (9), é capaz de desanimar os bombeiros. Muitos membros da corporação continuam acampados nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Eles pedem que os 439 bombeiros presos sejam imediatamente liberados. O grupo também reivindica aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho.
Entre eles está o sargento Narciso, que afirmou que o aumento concedido pelo governador Cabral não foi suficiente à categoria, já que os bombeiros continuam presos e sem previsão de soltura.
Entre eles está o sargento Narciso, que afirmou que o aumento concedido pelo governador Cabral não foi suficiente à categoria, já que os bombeiros continuam presos e sem previsão de soltura.
“Não existe reajuste nenhum. Nenhuma negociação existe com os bombeiros presos. A negociação só acontece com a liberação e anistia dos presos. O aumento salarial agora é segundo plano, o primeiro é a liberdade dos presos”, disse Narciso.
O sargento acredita que a liberação dos presos está perto de acontecer. Ele acrescentou que a comissão da Ordem dos Advogados do Brasil, a Defensoria Pública, e alguns deputados estão analisando entrar com um novo pedido de relaxamento de prisão.
“Acreditamos que a nossa luta está ganhando um voto de confiança da população e da corporação. Mas volto a dizer que a mediação só acontece com a anistia dos presos”, ressaltou Narciso.
“Acreditamos que a nossa luta está ganhando um voto de confiança da população e da corporação. Mas volto a dizer que a mediação só acontece com a anistia dos presos”, ressaltou Narciso.
O cabo bombeiro Laércio Soares, do 2° G-Mar (Barra), um dos porta-vozes dos bombeiros que fazem manifestação em frente à Alerj, também diz desconhecer negociação enquanto seus colegas de farda continuarem presos. "Desconhecemos a negociação. O foco do movimento é a libertação e a anistia de toda e qualquer ação que advenha dos manifestos. Enquanto o governador não soltar os presos, aqui permaneceremos", disse Laércio.
O reajuste do governo também não agradou o soldado Cristiano Araújo, guarda-vidas em Paraty, no Sul Fluminense.
“Esse acréscimo no líquido é R$ 50. Qual é a grande diferença em receber R$ 950 ou R$ 1.000? Esse dinheiro não paga nem um psicólogo para o meu filho, que ficou traumatizado em ver meus colegas sendo presos pelo Bope. Ele achava que o Bope só prendia ladrão”, desabafou o bombeiro.
Os professores da rede estadual também entraram em greve. Eles e estudantes se juntaram aos bombeiros, nesta quinta-feira, e tentam impedir o fechamento de algumas escolas estaduais de ensino noturno.
O reajuste do governo também não agradou o soldado Cristiano Araújo, guarda-vidas em Paraty, no Sul Fluminense.
“Esse acréscimo no líquido é R$ 50. Qual é a grande diferença em receber R$ 950 ou R$ 1.000? Esse dinheiro não paga nem um psicólogo para o meu filho, que ficou traumatizado em ver meus colegas sendo presos pelo Bope. Ele achava que o Bope só prendia ladrão”, desabafou o bombeiro.
Os professores da rede estadual também entraram em greve. Eles e estudantes se juntaram aos bombeiros, nesta quinta-feira, e tentam impedir o fechamento de algumas escolas estaduais de ensino noturno.
Governo anuncia reajuste e nova secretaria
O Governo do Estado anunciou nesta quinta (9) a criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil, e enviou à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) uma mensagem antecipando de dezembro para julho os seis meses de reajustes salariais para bombeiros, policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários.
Segundo nota divulgada, a secretaria ficará sob o comando do Coronel Sérgio Simões, comandante do Corpo de Bombeiros. Anteriormente, a pasta de Defesa Civil era vinculada à Secretaria estadual de Saúde, que tinha o nome de Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil, tendo à frente o secretário Sérgio Côrtes.
A nota informa que o reajuste para as categorias será de 5,58%, um impacto de R$ 323 milhões no caixa do estado. Somados aos reajustes de janeiro a junho deste ano, as categorias passam a acumular 11,5% de aumento salarial em 2011.
De acordo com o governo, a medida atende a todos os 16.202 bombeiros da ativa, 5.018 aposentados e 1.592 pensionistas. A 39.775 ativos da Polícia Militar, 20.445 aposentados e 13.175 pensionistas. E a 9.254 ativos da Polícia Civil, 5.232 aposentados e 9.688 pensionistas. Além de 4.329 agentes penitenciários da ativa, 1.328 aposentados.
Negado relaxamento de prisão
De acordo com o governo, a medida atende a todos os 16.202 bombeiros da ativa, 5.018 aposentados e 1.592 pensionistas. A 39.775 ativos da Polícia Militar, 20.445 aposentados e 13.175 pensionistas. E a 9.254 ativos da Polícia Civil, 5.232 aposentados e 9.688 pensionistas. Além de 4.329 agentes penitenciários da ativa, 1.328 aposentados.
Negado relaxamento de prisão
Para a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio, que negou o relaxamento da prisão de 431 bombeiros, não houve nulidade no auto de prisão em flagrante. Ela considerou que o pedido de relaxamento de prisão valeria para apenas 431 militares presos listados no auto em flagrante, e não para os 439 detidos, conforme pedira na terça-feira (7) a Defensoria Pública estadual. O Ministério Público do Rio (MP-RJ) deu parecer favorável, na noite de quarta-feira, à manutenção da prisão dos bombeiros presos.
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