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Díli, 18 jun (Lusa) -- A eurodeputada socialista Ana Gomes disse hoje ser cedo para tecer considerações sobre o novo Governo, mas disse esperar que funcione bem e depressa, porque é o que o país precisa.
Em declarações em Díli, onde se encontra integrada numa missão de avaliação da Assembleia Parlamentar ACP/UE, Ana Gomes, disse ser prematuro comentar o elenco do novo Governo, até por não conhecer algumas caras em pastas-chave, como o ministro das Finanças.
"Há outras que eu conheço, que são pessoas competentes e que penso que vão fazer um bom trabalho, e há outros que também conheço e já disse o que disse e mantenho", afirmou.
Pelo país, espero que o Governo funcione bem e depressa, tendo presente o interesse dos portugueses mais vulneráveis nas decisões, disse.
Ana Gomes preconizou que o novo executivo, no que respeita à política europeia, se deve articular com outros países com interesses semelhantes.
"Espero que haja sensibilidade política para não voltarmos a repetir a pateguice de querermos ser os bons alunos e seguir todas as receitas que nos impõem, sem perceber o que efetivamente nos serve e sem nos batermos pelos nossos interesses, fazendo as sinergias com aqueles que têm interesses semelhantes", disse.
A eurodeputada defendeu que o Ministério dos Negócios Estrangeiros, titulado por Paulo Portas, deve ter uma intervenção de suporte ao ministro das Finanças e ao primeiro-ministro, para coordenarem a política europeia na resposta à crise.
Ana Gomes defendeu também um olhar português "com ambição" para a Ásia, "que é hoje da maior importância a nível global" e em que Timor-Leste pode ser estratégico, pelo que Portugal não deve desinvestir em Timor-Leste, apesar da crise.
"Timor-Leste não precisa de apoio económico porque não é de falta de dinheiro que os timorenses se queixam. Precisa sim de capacitação e apoio técnico em praticamente todas as áreas", disse, criticando a "falta de sensibilidade política" de Portugal quanto a essa matéria.
"Há coisas que me doem muito: ainda agora vi o terreno que está desde 2001 cedido a Portugal para se construir a embaixada. Vergonhosamente, o edifício não está feito. É inqualificável. De que estamos à espera, que nos tirem o terreno?", questionou.
2 comentários:
Pois é Dona Ana Gomes,
A embaixada ainda não está construída e os embaixadores q têm passado por cá tb ajudam pouco.
No 10 de Junho somos todos convidados para comer uns croquetes na escola Portuguesa, o Sr. Embaixador não pode disponibilizar a residência para reunir todos os Portugueses.
Em Maubara estão a construir uma Pousada paga pelos nossos impostos e ninguém sabe mto bem para quê??
Beijinhos da Querida Lucrécia
"Há coisas que me doem muito"
Pois é,durante seis anos de governo PS nunca tinha reparado no local agora é que se lembrou do terreno cedido para a embaixada. Já o governo anterior pela mão do primeiro ministro(Dr Alkatiri)tinha levantado esta questão mas na altura não era inqualificável. O que lhe deve doer mesmo muito é que mesmo que o PS ganhasse as eleições não havia nenhum partido para formar a coligação.
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