domingo, 19 de junho de 2011

É cedo para comentar novo governo, espera que funcione "bem e depressa" - Ana Gomes




MSO - LUSA 

Díli, 18 jun (Lusa) -- A eurodeputada socialista Ana Gomes disse hoje ser cedo para tecer considerações sobre o novo Governo, mas disse esperar que funcione bem e depressa, porque é o que o país precisa.

Em declarações em Díli, onde se encontra integrada numa missão de avaliação da Assembleia Parlamentar ACP/UE, Ana Gomes, disse ser prematuro comentar o elenco do novo Governo, até por não conhecer algumas caras em pastas-chave, como o ministro das Finanças.

"Há outras que eu conheço, que são pessoas competentes e que penso que vão fazer um bom trabalho, e há outros que também conheço e já disse o que disse e mantenho", afirmou.

Pelo país, espero que o Governo funcione bem e depressa, tendo presente o interesse dos portugueses mais vulneráveis nas decisões, disse.

Ana Gomes preconizou que o novo executivo, no que respeita à política europeia, se deve articular com outros países com interesses semelhantes.

"Espero que haja sensibilidade política para não voltarmos a repetir a pateguice de querermos ser os bons alunos e seguir todas as receitas que nos impõem, sem perceber o que efetivamente nos serve e sem nos batermos pelos nossos interesses, fazendo as sinergias com aqueles que têm interesses semelhantes", disse.

A eurodeputada defendeu que o Ministério dos Negócios Estrangeiros, titulado por Paulo Portas, deve ter uma intervenção de suporte ao ministro das Finanças e ao primeiro-ministro, para coordenarem a política europeia na resposta à crise.

Ana Gomes defendeu também um olhar português "com ambição" para a Ásia, "que é hoje da maior importância a nível global" e em que Timor-Leste pode ser estratégico, pelo que Portugal não deve desinvestir em Timor-Leste, apesar da crise.

"Timor-Leste não precisa de apoio económico porque não é de falta de dinheiro que os timorenses se queixam. Precisa sim de capacitação e apoio técnico em praticamente todas as áreas", disse, criticando a "falta de sensibilidade política" de Portugal quanto a essa matéria.

"Há coisas que me doem muito: ainda agora vi o terreno que está desde 2001 cedido a Portugal para se construir a embaixada. Vergonhosamente, o edifício não está feito. É inqualificável. De que estamos à espera, que nos tirem o terreno?", questionou.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois é Dona Ana Gomes,

A embaixada ainda não está construída e os embaixadores q têm passado por cá tb ajudam pouco.
No 10 de Junho somos todos convidados para comer uns croquetes na escola Portuguesa, o Sr. Embaixador não pode disponibilizar a residência para reunir todos os Portugueses.
Em Maubara estão a construir uma Pousada paga pelos nossos impostos e ninguém sabe mto bem para quê??

Beijinhos da Querida Lucrécia

Anónimo disse...

"Há coisas que me doem muito"
Pois é,durante seis anos de governo PS nunca tinha reparado no local agora é que se lembrou do terreno cedido para a embaixada. Já o governo anterior pela mão do primeiro ministro(Dr Alkatiri)tinha levantado esta questão mas na altura não era inqualificável. O que lhe deve doer mesmo muito é que mesmo que o PS ganhasse as eleições não havia nenhum partido para formar a coligação.

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