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Vinte e três alunos de seis países iniciaram hoje, em Coimbra, as provas integradas nas primeiras Olimpíadas de Matemática da Lusofonia, que culminam sexta-feira à noite com a entrega dos prémios.
Os participantes dedicam a manhã de hoje e o dia de quinta-feira à resolução de três problemas em cada uma das sessões de quatro horas e meia.
Durante um jantar na sexta-feira à noite, recebem os prémios das mãos do ministro da Educação e Ciência de Portugal, Nuno Crato, antigo presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM).
À competição não compareceram alunos da Guiné-Bissau e de S. Tomé e Príncipe, mas apenas um professor observador, tendo em vista a presença desses países em olimpíadas futuras.
Angola, Moçambique, Brasil, Timor-Leste e Portugal estão representados por quatro alunos cada, o número que a competição admite. De Cabo Verde faltou uma aluna selecionada, por ter optado por uma bolsa para outro país, revelou fonte da organização.
Joana Teles, vice-presidente da organização das olimpíadas, revelou à agência Lusa que o júri internacional da competição decidiu realizar a prova em duas categorias, dada a diferença de idade dos alunos, entre os 11 e os 18 anos.
“Há problemas comuns, mas estão a fazer provas distintas”, salientou a organizadora, igualmente vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, acrescentando que a mais jovem representante é de Timor-Leste.
A opção por duas categorias de prova foi excecional, “para não desincentivar à participação”, e poderá não ser seguida na segunda edição da Olimpíadas de Matemática da Lusofonia, que terão lugar no Brasil, em 2012, e seguidamente rodarão por outros Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
As delegações, que chegaram a Coimbra na passada quarta-feira, submeteram-se posteriormente a cinco dias de formação ministrada por monitores do projeto Quark do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra (UC), o mesmo que treina as seleções portuguesas às olimpíadas internacionais e ibero-americanas.
Esta formação visou dar a conhecer particularidades e problemas destas competições e procurou esbater algumas diferenças entre países na realização destas provas, e nos próprios sistemas de ensino dos alunos participantes.
Segundo Joana Teles, estas olimpíadas apresentam um grau de dificuldade de problemas que um aluno médio em Portugal não conseguirá resolver, embora admita que possa “fazer alguma coisa”.
Estas olimpíadas, que surgem pelo envolvimento da SPM e do Departamento de Matemática da UC, poderá ser o ponto de partida para a troca de experiências e de bibliografia entre os vários países que falam a língua portuguesa, acrescentou.
O jantar de encerramento das Olimpíadas de Matemática da Lusofonia terá lugar no Palácio de S. Marcos, da UC, onde comparecerão o ministro Nuno Crato e o secretário de Estado português João Filipe Queiró, este também na qualidade de presidente da comissão organizadora da competição.
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