Depois de no pretérito mês de Junho o seu líder, Quintino de Moreira, ter visitado a província do Namibe para se inteirar do funcionamento das estruturas de base desta coligação constituída por seis partidos políticos, o mesmo repetiu-se no último fim-de-semana, na cidade do Sumbe, onde o secretário executivo, Mateus Carlos, esteve a medir a pulsação do seu eleitorado, antevendo já o próximo pleito eleitoral, em 2012.
Durante a sua estada de dois dias no Sumbe, Mateus Carlos, acompanhado pelo coordenador da comissão técnica, órgão encarregue de supervisionar as províncias, reuniu-se com um grupo de militantes a quem falou sobre a importância de os mesmos participarem activamente no próximo pleito eleitoral, convidando-os a votarem em massa, para ampliar o número de deputados, dois, na Assembleia Nacional.
Para se concretizar este propósito, Mateus Carlos lançou um apelo: “trabalhar para mobilizar e recrutar mais membros para engrossar as fileiras da nossa coligação, no sentido de fazermos a diferença em relação aos resultados que obtivemos nas eleições legislativas de 2008, que nos animaram a caminhar com esse projecto político”.
O político que falava para centenas de militantes mostrou-se satisfeito com o nível de crescimento desta força política, mas ainda assim, disse, “ pretendemos mais militantes”.
Durante o acto de massas, Mateus Carlos disse ainda que o que a NDUE pretende na próxima maratona eleitoral é trabalhar e transformar a coligação na segunda maior força política do país, em 2012 e em 2017 governar o país, discurso esse repetido pelos seus dirigentes nos últimos tempos.
Segundo o responsável, o desafio de transformar a Nova Democracia- União Eleitoral, “não é um mero sonho, mas um projecto há muito delineado e que pode ser transformado em realidade”, justificou.
Explicou aos seus correligionários que o número crescente de mais adeptos que vão aderindo à coligação nos últimos tempos, é o resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido pelas estruturas de base, tendo apelado para que se redobre esta actividade no sentido de se conseguir maior número de militantes, não só no Kuanza Sul, mas em todo o país.
“Não podemos parar. Temos de continuar para concretizar o nosso objectivo de governar o nosso país, e proporcionarmos ao povo tudo o que ele merece”, afirmou.
Respeito pela Constituição
No encontro, o político apelou aos presentes, maioritariamente jovens, a respeitarem a Constituição, por ser ela que deve regular o exercício das nossas actividades quotidianas, quer singulares, quer colectivas. “É importante que todos saibamos o que diz a nossa Constituição, para conhecermos os nossos direitos fundamentais, deveres e obrigações e é com base nesses pressupostos que devemos agir, enquanto cidadãos deste país, porque sem a qual ficamos vazios”, alertou o político que se encontrava ladeado de Marques Kunga e Benjamim Yannick.
Sem o conhecimento do nosso ordenamento jurídico, reforçou ao político, “ficamos desprovidos de defender os nossos direitos consagrados constitucionalmente, daí a necessidade imperiosa de conhecermos o que é que está nesta nova Constituição, não é um livro ou brochura qualquer, mas um instrumento ‘importantíssimo’ não só para as novas vidas, mas também para os desafios a que nos propusemos, o de transformar uma Angola democrática onde todos os seus filhos estejam protegidos, de acordo com a mesma lei ”.
O responsável partidário acrescentou que “com ou sem vontade, todos estamos condenamos incondicionalmente a cumprir o que está estipulado na Constituição, por ser a nossa Bíblia que deve orientar as nossas vidas no nosso quotidiano”, reiterou, ao mesmo tempo que exortou aos presentes para consultarem regularmente para actualização da matéria em causa. “Sem essa consulta podemos ser ultrapassados pelos outros”, afirmou.
Mais patriotismo
Ainda durante o encontro, o primeiro desta dimensão realizado na província no ano em curso, apelou aos seus correligionários a se identificarem com acções que demonstrem fidelidade à pátria, ao contrário de se enveredar por outras que podem perturbar a ordem e a tranquilidade públicas. Mateus Carlos referiase aos actos de vandalismo que nos últimos tempos têm sido praticados por jovens, forçando as autoridades competentes a resolverem as suas preocupações se olhares a meios.
“Um bom patriota não pratica vandalismo, pratica o bem, demonstra fidelidade à pátria que o viu nascer, seja qual for o caso. Agora, o que vemos em alguns casos são jovens com comportamentos menos bom que a todo o custo querem ver realizado os seus sonhos, sem obedecerem às autoridades ”, revelou a fonte, para quem essa atitude que considerou “musculada” “não deve prevalecer no seio de jovens que pretendem dirigir este país, principalmente os que são nossos militantes, simpatizantes e amigos”, exortou.
Justificou que o bom cidadão é exemplar e deve abster-se de associar-se a quaisquer actos que coloquem em perigo a estabilidade das pessoas, do meio e do próprio Estado, que é o garante da segurança das pessoas e bens.
“Quem se identifica como cidadão deste país tem de primar pela honestidade e não optar por comportamentos indecorosos que possam perturbar o Estado que o protege”, declarou.
Novos “bastiões políticos”
Os municípios da Gabela, Seles, Conda e Quibala são tidos pela ND-UE como sendo as novas apostas para reforçar o número de militantes. Para o efeito, o político que será aumentada a capacidade de mobilização de novos membros, no sentido de expandir a actividade para outros municípios, onde a coligação precisa de mais trabalho.
Os trabalhos para a expansão da Nova Democracia-União Eleitoral ocorrerão nos próximos dias, altura em que esta comissão da direcção central voltará a estas paragens para a reabertura de algumas sedes municipais que, segundo Mateus Carlos, carecem de apoios para a reactivação das actividades desenvolvidas nos anos passados. Contudo prometeu melhores dias para a normalização institucional da ND-UE num horizonte temporal mais curto.
Ireneu Mujoco, Enviado ao Sumbe - 13 de Julho de 2011
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