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São Tomé, 15 jul (Lusa) - Desordens provocadas por jovens estão na origem do cancelamento hoje na capital são-tomense do comício de encerramento da campanha do candidato presidencial Aurélio Martins, disse à Agência Lusa o comandante da Polícia Nacional do distrito de Água Grande.
"O que houve é que um grupo de indivíduos com armas brancas, pequenas machins (pequenos machados), catanas e facas, tentaram criar alguma desordem quando chegasse o candidato", disse o subcomissário Kiaquizique Nascimento.
O comício estava marcado para junto do Forte de São Sebastião, onde se localiza o Museu Nacional.
"O grupo alegou que o candidato está em dívida com eles e queriam boicotar a atividade do candidato", acrescentou.
Antes dos incidentes junto ao local do comício, em outra zona da cidade, defronte da sede do candidato, que é apoiado pelo partido que lidera, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP, maior força da oposição), o mesmo grupo de jovens terá alegadamente tentado assaltar as instalações.
Na confusão gerada, um repórter-fotográfico do Jornal de Angola foi agredido, tendo uma das suas máquinas ficado danificada.
Segundo o subcomissário Kiaquizique Nascimento, elementos da candidatura de Aurélio Martins "são dos que têm dado mais trabalho à polícia".
O comandante da Polícia Nacional do distrito de Água Grande, cuja capital é a cidade de São Tomé, adiantou que a campanha eleitoral de duas semanas, que hoje chegou ao fim, foi marcada apenas por "alguns pequenos incidentes".
Devido à situação de tensão originada pele grupo de jovens junto ao Museu Nacional, a candidatura de Aurélio Martins optou por cancelar o comício, cancelando igualmente a atuação de artistas angolanos contratados.
A Lusa tentou contactar quer o candidato Aurélio Martins que elementos da sua direção de campanha, mas tal não foi possível.
São Tomé e Príncipe vai domingo às urnas para eleger de entre 10 candidatos o sucessor do presidente cessante Fradique de Menezes, impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato consecutivo.
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