quarta-feira, 27 de julho de 2011

CEMGFA de Angola escusa-se a falar sobre eventual criação de força militar da CPLP




JSD - LUSA

Cidade da Praia, 27 jul (Lusa) - O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMGFA) de Angola afirmou hoje na Cidade da Praia que a criação de uma força militar conjunta da CPLP é uma questão "nova" sobre a qual ainda não pode pronunciar-se.

O general Geraldo Sachipengo Nunda, procedente de Bissau, chegou hoje à capital cabo-verdiana para uma visita de trabalho a Cabo Verde, país com o qual Angola pretende ver incrementada a cooperação técnico-militar.

Confirmou, contudo, a possibilidade, na região, da criação de forças que, em situação de necessidade, possam agir adequadamente para alcançar os objetivos de manutenção da paz e ajuda humanitária.

Na Cidade da Praia, o CEMGFA angolano reuniu-se já com o seu homólogo cabo-verdiano, coronel Fernando Pereira, e, à saída do encontro, salientou a excelência da cooperação entre os dois países no setor, tanto no quadro bilateral como no da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"No âmbito da CPLP, a nossa cooperação é na preparação de exercícios em operações de paz e na troca de experiências diversas. No âmbito bilateral, é praticamente um exercício de aprendizagem de um lado e do outro", defendeu o general Nunda, citado pela agência noticiosa cabo-verdiana Inforpress.

Na sua primeira visita a Cabo Verde, o general Nunda destacou a oportunidade de conhecer aquilo que se está a fazer nas ilhas, com destaque para a apresentação pública do "Conceito Estratégico de Segurança e Defesa Nacional, feita, hoje de manhã, pelo ministro da Defesa cabo-verdiano, Jorge Tolentino.

"São trocas de experiências que permitem o melhoramento e conhecimento entre os países, uma vez que, em Angola, estão a ser formados estudantes de Cabo Verde como engenheiros e no curso de comando do Estado-Maior", lembrou.

Para Fernando Pereira, a visita do seu homólogo de Angola vai permitir aos dois Estados-Maiores fazer uma avaliação em matéria de aplicação dos acordos militares bilaterais.

Paralelamente, concluiu, esta missão vai proporcionar a troca de experiências entre Cabo Verde e Angola e o balanço daquilo que, até hoje, se tem feito em prol da cooperação das duas forças armadas.

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