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A agência oficial chinesa Xinhua negou hoje que o ex-presidente Jiang Zemin tenha morrido e classifica de “puros rumores” as notícias sobre o caso.
O ex-presidente chinês, de 84 anos, não participou nas comemorações dos 90 anos do Partido Comunista Chinês a 01 de julho, desencadeando especulações sobre o seu estado de saúde.
De acordo com as agências internacionais, as buscas na Internet pelo nome de Jiang Zemin foram censuradas no continente chinês desde que nas últimas horas começaram a circular informações sobre a sua morte, motivados pela ausência das comemorações do aniversário do Partido Comunista.
As buscas feitas nos principais portais chineses como o Baidu.com não produzem qualquer resultado e só é possível ter acesso a informação a comentários que se multiplicam no Twitter, proibido na China, ou no site Weibo através de redes virtuais privadas.
Jiang Zemin é ainda considerado como uma forte influência no “Grupo de Xangai” da cúpula do partido comunista e o seu desaparecimento poderia ter repercussões na transferência do poder agendada para 2012.
Além do nome do antigo presidente, também frases ou palavras como “enfarte do miocárdio” e “secretário-geral” não revelam qualquer resultado, surgindo apenas a mensagem de que “de acordo com a lei, os resultados da busca não podem ser mostrados”, indica uma notícia da agência EFE difundida em português pelo site Terra Brasil.
Entretanto em Hong Kong , as estações ATV e TVB dão como certa a morte de Jiang Zemin devido a complicações cardíacas como consequência de um tumor.
Hong Lei, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, disse terça-feira não ter informações sobre o estado de saúde de Jiang Zemin e mostrou alguma surpresa pela pergunta dos jornalistas.
Os rumores dispararam, contudo, depois de informações de que o Hospital do Exército Popular de Libertação número 301, onde costumam ser internados os líderes chineses, encerrou repentinamente o trânsito nas ruas adjacentes para permitir o acesso de vinte veículos militares.
Jiang Zemin desempenhava o cargo de presidente da China quando em 1997 e, depois, em 1999, foram concretizadas as transferências de poderes de Hong Kong e Macau para as autoridades chinesas, o início do processo de reunificação do país que Pequim quer concluir com a unificação de Taiwan.
*Foto em Lusa
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