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Díli, 08 jul (Lusa) -- A ministra das Finanças de Timor-Leste, Emília Pires, disse hoje que a disparidade social, a migração e o crescimento populacional são grandes desafios que se colocam ao Estado e aos parceiros de desenvolvimento.
"A disparidade entre as áreas urbanas e rurais, e o problema do crescimento populacional, associado à rápida migração para a cidade, exige forte investimento na educação e em infraestruturas básicas, como saneamento", exemplificou Emília Pires, na abertura da apresentação oficial do relatório dos Censos de 2010.
Outra questão salientada pela ministra das Finanças foi a do aumento do desemprego, que constitui outro dos grandes desafios para o futuro.
"Comparando com o censo de 2004, verificamos que a população aumenta a um ritmo superior à oferta de trabalho. Quarenta por cento da população de Timor-Leste tem menos de 15 anos, o que indica que inúmeras pessoas vão querer entrar no mercado de trabalho anualmente. É um desafio a todas as entidades", comentou.
Outro dado a que aludiu foi à maior oportunidade de educação, sobretudo nas áreas urbanas, com resultados visíveis ao nível do domínio das línguas.
Segundo referiu, "houve um aumento significativo" dos que falam as duas línguas oficiais, o Tétum e o Português, bem como de uma das línguas de trabalho, o Inglês, "contrariamente ao Indonésio, que reduziu a sua expressão, quando comparado com o censo anterior".
Emília Pires agradeceu ao representante do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), "que com o seu apoio técnico e financeiro permitiu que fossem produzidos dados sólidos, com informações relevantes para o futuro de Timor-Leste".
Agora, "é tempo para o Governo, os parceiros de desenvolvimento, as organizações não governamentais (ONG) nacionais e internacionais, utilizarem os dados que foram recolhidos na sua atividade diária e no âmbito do planeamento, para o desenvolvimento" do país, concluiu.
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