domingo, 10 de julho de 2011

MNE da Austrália pediu abertura para com o novo presidente da petrolífera Woodside




MSO - LUSA

Díli, 09 jul (Lusa) -- O ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Kevin Rudd, chegou hoje a Díli com o objetivo de relançar o diálogo entre as autoridades timorenses e a Woodside, disse à Lusa o secretário de Estado dos Recursos Naturais de Timor-Leste.

Alfredo Pires falou à Lusa à saída da audiência que o primeiro-ministro Xanana Gusmão concedeu a Kevin Rudd.

O Governo timorense e a petrolífera australiana, que lidera o consórcio a quem está concessionado o campo de gás de Greater Sunrise, têm mantido um longo diferendo: Timor-Leste quer o gás processado no seu território, para desenvolver a indústria, enquanto a companhia pretende processá-lo numa plataforma flutuante.

"Durante o encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália pediu-se a Timor-Leste para se encontrar com o novo presidente executivo da Woodside, Peter Coleman, e da nossa parte não temos problemas em ter esse encontro, que vai acontecer no mês de Agosto", anunciou o governante.

Mantemos a mesma posição, de que a melhor opção para o Greater Sunrise é o gasoduto para Timor-Leste, mas estamos abertos a discussões", disse Alfredo Pires.

Antes, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Kevin Rudd havia dito aos jornalistas que nada de novo havia na posição australiana quanto ao diferendo, mantendo o Governo australiano que se trata de uma questão comercial em que não quer interferir.

"O Governo australiano mantém a mesma posição: não advoga nenhum método em particular para processar o gás de Greater Sunrise, e foi entregue o desenvolvimento do campo a um consórcio. Trata-se de uma decisão comercial do consórcio e a Austrália espera que seja tomada a opção mais vantajosa e consistente", disse.

Apenas no final da conferência de imprensa, e depois de muito falar sobre a ajuda concedida pela Austrália em diversas áreas, é que fez uma leve referência ao que terá sido o principal objetivo da sua visita.

"Entendemos que é uma boa altura para Timor-Leste se continuar a envolver na relação com a Woodside, que mudou o seu presidente executivo (Peter Coleman que sucede a Don Voelte)", comentou, quando questionado pelos jornalistas.

Antecedendo a audiência com Xanana Gusmão, Kevin Rudd teve um encontro a sós com o seu homólogo, Zacarias da Costa, e os dois presidiram a uma reunião bilateral em que foram abordados vários temas.

"Falámos de várias questões, como o processo de adesão de Timor à ASEAN e como a Austrália nos pode apoiar e fiquei bastante contente pelo compromisso do ministro australiano de ajudar Timor-Leste", relatou Zacarias da Costa.

Em contrapartida, Timor-Leste apoia a candidatura da Austrália ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e vai promover a candidatura australiana no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), de acordo com o ministro timorense.

Foram igualmente objeto da reunião bilateral a cooperação no setor da defesa e segurança e aspetos relativos à saída da Missão das Nações Unidas, bem como o acordo aeronáutico para permitir à futura companhia aérea timorense voar para a Austrália, em regime de reciprocidade e projetos, e projetos de cooperação nas áreas da educação e do desenvolvimento rural.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Kevin Rudd,

Voçê está a tomar a mesma atitude de Judas, lava as mãos quando não lhe interessa, mandando a batata quente para a Woodside. Assim o fizeram durante tantos anos com a ocupação da Indonésia, era mais importante apoiar o gigante Indonésio, que um pequeno povo que lutava nas montanhas pela sua independência.
Timor Leste tomou uma decisão irredutível o gasoduto terá q vir para Timor. Baseada no bom senso e em estudos técnicos. A Woodside ou aceita ou que vá explorar para outro lado.
Timor não quer ficar só à espera das esmolas da Austrália, quer entrar na Industria do gás e trabalhar, de modo a prescindir das esmolas dos Aussies. Deixem Timor desenvolver-se e criar postos de trabalho, assim como riqueza.

Beijinhos da Querida Lucrécia

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