Opera Mundi – Efe, Bangcoc
Ao menos 1.401 pessoas foram detidas neste sábado (09/07) durante um protesto contra o governo em Kuala Lumpur , onde a Polícia bateu com cassetetes e usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar mais de 20 mil manifestantes.
Milhares de seguidores do coletivo Bersih 2.0 concentraram-se no estádio Merdeka ("liberdade" em malaio) pedindo pela reforma eleitoral, desafiando a proibição. As autoridades não revelaram o número de feridos no confronto com a Polícia, que pôs fim à mobilização após cerca de 7 horas.
O líder da oposição, Anwar Ibrahim, organizador do protesto, deixou o local com ferimentos leves causados pelo gás lacrimogêneo. Já dirigentes de Bersih e outros representantes políticos foram detidos por apoiar a manifestação, conforme relatos da imprensa local.
Desde a noite anterior, centenas de agentes das tropas de choque e caminhões com canhões de água isolaram o centro da capital, onde também foi suspensa boa parte do transporte público.
"Não há razão alguma para proibir a manifestação, não somos um grupo violento", justificou Andrew Khoo, membro do comitê de Bersih ("limpo" em malaio), que cifrou em 50 mil o números de pessoas que aderiram ao movimento.
Khoo esperava a presença de 100 mil pessoas, mas a Polícia isolou a cidade e deteve todas as pessoas vestidas com camisetas amarelas, a cor do Bersih, e consideradas suspeitas.
A Polícia interveio para evitar um confronto entre os seguidores de Bersih e membros de Patriot, outro grupo que convocou uma manifestação contrária também declarada ilegal pelas autoridades.
Bersih 2.0, formado por mais de 60 ONGs, exige uma reforma eleitoral, com no mínimo 21 dias de campanha e o livre acesso dos partidos aos meios de comunicação.
Na Malásia, as manifestações são ilegais se não têm permissão explícita das autoridades, o que raramente ocorre, principalmente se o protesto é contra o governo.
"Achamos que a concentração no estádio vai colocar em risco a ordem e a segurança da população, por isso que rejeitamos o pedido", declarou o comandante Zulkarnian Abdul Rahman.
Bersih 2.0 decidiu convocar a mobilização no estádio depois que as autoridades colocaram entraves para autorizar a manifestação solicitada para ocorrer nas ruas pedindo reforma eleitoral, mas o segundo pedido também foi negado.
Nas últimas semanas, cerca de 150 pessoas foram detidas, das quais ao menos 30 permanecem detidas sob a lei que permite a privação de liberdade por tempo indeterminado mesmo sem julgamento.
O primeiro-ministro, Najib Razak, que classificou de "absurdas" as críticas ao sistema eleitoral, responsabilizou os manifestantes pela violência e acrescentou que a manifestação foi minoritária.
"Se existem pessoas que querem realizar uma manifestação ilegal, existem muito mais pessoas contra seus planos", afirmou Najib, em declarações à agência Bernama.
A chefia do Executivo sempre esteve nas mãos de um membro do partido de maioria malaia, a Organização Nacional Malaia Unidade (UMNO), que governou a Malásia desde a independência em 1957 em aliança com outros partidos de minorias chinesa e indiana.
No entanto, nas passadas eleições de 2008 a oposição conseguiu resultados históricos ao ganhar um terço das cadeiras do Parlamento, assim como os Governos de cinco estados e na capital.
A coalizão opositora, na qual também participa o PAS (Partido Pan-Islâmico da Malásia), garante que pode vencer a coalizão governante nas próximas eleições previstas para o ano que vem e em 2013 se as reformas permitirem eleições justas e livres.
Em novembro de 2007, cerca de 50 mil apoiadores do Bersih se manifestaram para pedir eleições justas, mas o protesto foi dispersado com uso de gás lacrimogêneo e canhões de água e dezenas de pessoas foram detidos.
As autoridades justificam o autoritarismo diante da necessidade de manter a convivência em país de 28 milhões de pessoas composto por 50% de etnia malaia, 23,7% de etnia chinesa, 11% indígena e 7% de etnia indiana.
Milhares de seguidores do coletivo Bersih 2.0 concentraram-se no estádio Merdeka ("liberdade" em malaio) pedindo pela reforma eleitoral, desafiando a proibição. As autoridades não revelaram o número de feridos no confronto com a Polícia, que pôs fim à mobilização após cerca de 7 horas.
O líder da oposição, Anwar Ibrahim, organizador do protesto, deixou o local com ferimentos leves causados pelo gás lacrimogêneo. Já dirigentes de Bersih e outros representantes políticos foram detidos por apoiar a manifestação, conforme relatos da imprensa local.
Desde a noite anterior, centenas de agentes das tropas de choque e caminhões com canhões de água isolaram o centro da capital, onde também foi suspensa boa parte do transporte público.
"Não há razão alguma para proibir a manifestação, não somos um grupo violento", justificou Andrew Khoo, membro do comitê de Bersih ("limpo" em malaio), que cifrou em 50 mil o números de pessoas que aderiram ao movimento.
Khoo esperava a presença de 100 mil pessoas, mas a Polícia isolou a cidade e deteve todas as pessoas vestidas com camisetas amarelas, a cor do Bersih, e consideradas suspeitas.
A Polícia interveio para evitar um confronto entre os seguidores de Bersih e membros de Patriot, outro grupo que convocou uma manifestação contrária também declarada ilegal pelas autoridades.
Bersih 2.0, formado por mais de 60 ONGs, exige uma reforma eleitoral, com no mínimo 21 dias de campanha e o livre acesso dos partidos aos meios de comunicação.
Na Malásia, as manifestações são ilegais se não têm permissão explícita das autoridades, o que raramente ocorre, principalmente se o protesto é contra o governo.
"Achamos que a concentração no estádio vai colocar em risco a ordem e a segurança da população, por isso que rejeitamos o pedido", declarou o comandante Zulkarnian Abdul Rahman.
Bersih 2.0 decidiu convocar a mobilização no estádio depois que as autoridades colocaram entraves para autorizar a manifestação solicitada para ocorrer nas ruas pedindo reforma eleitoral, mas o segundo pedido também foi negado.
Nas últimas semanas, cerca de 150 pessoas foram detidas, das quais ao menos 30 permanecem detidas sob a lei que permite a privação de liberdade por tempo indeterminado mesmo sem julgamento.
O primeiro-ministro, Najib Razak, que classificou de "absurdas" as críticas ao sistema eleitoral, responsabilizou os manifestantes pela violência e acrescentou que a manifestação foi minoritária.
"Se existem pessoas que querem realizar uma manifestação ilegal, existem muito mais pessoas contra seus planos", afirmou Najib, em declarações à agência Bernama.
A chefia do Executivo sempre esteve nas mãos de um membro do partido de maioria malaia, a Organização Nacional Malaia Unidade (UMNO), que governou a Malásia desde a independência em 1957 em aliança com outros partidos de minorias chinesa e indiana.
No entanto, nas passadas eleições de 2008 a oposição conseguiu resultados históricos ao ganhar um terço das cadeiras do Parlamento, assim como os Governos de cinco estados e na capital.
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