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A seca no Corno de África provocou uma “situação catastrófica que exige uma ajuda internacional em massa e urgente”, declarou hoje o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, na abertura de uma reunião ministerial de urgência em Roma.
“É necessário salvar vidas e reagir”, adiantou Diouf, que considera que são necessários cerca de 1,6 mil milhões de dólares nos próximos 12 meses e 300 milhões de dólares nos próximos dois meses.
A seca, que atinge atualmente no Corno de África, a pior em 60 anos, ameaça 12 milhões de pessoas na Somália, onde o estado de fome foi declarado em duas regiões, no Quénia, na Etiópia, no Djibouti, no Sudão e no Uganda.
A reunião foi convocada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a pedido da França, que preside atualmente ao G20.
“A comunidade internacional falhou a assegurar a segurança alimentar”, declarou o ministro da Agricultura francês, Bruno Le Maire, defendendo ser necessário "reinvestir na agricultura mundial”.
“Se não tomarmos as medidas necessárias, a fome será o escândalo deste século”, adiantou o ministro antes de concluir que a “reunião é uma questão de vida ou se morte para dezenas de milhares de pessoas”.
*Foto em Lusa
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