O ex-deputado João Cravinho defende que «estas operações têm de ter uma preparação anti-corrupção e um dispositivo de acompanhamento de fiscalização extremamente forte».
O antigo deputado João Cravinho, que estuda há muitos anos o fenómeno da corrupção, concorda com a tese de que a aplicação do memorando de entendimento com a troika acarreta risco e por isso sugere vigilância reforçada ao Governo e ao Parlamento.
Reagindo a um documento da Associação Cívica Transparência e Integridade, este socialista lembrou que este memorando «leva a grandes decisões nomeadamente sobre patrimónios num prazo muito curto e sob muita pressão» e por isso entende que estas devem ter uma dispositivos anti-corrupção.
«Estas operações têm de ter uma preparação anti-corrupção e um dispositivo de acompanhamento de fiscalização extremamente forte ou então o Governo terá de estar mais atento assim como terá de haver um escrutínio público por parte da Assembleia da República», adiantou, em declarações à TSF.
João Cravinho entende ainda que a promiscuidade entre políticos e interesses privados «é um facto de tal maneira notório que não é preciso estar a esmiuçar e a apresentar provas como se fosse uma hipótese».
«É uma evidência. É evidente que esta privatização do Estado, esta subordinação do interesse colectivo e comum a interesses particulares pelos mais diversos métodos e razões é um empobrecimento notável não só moral, mas também material, económico», concluiu.
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