sábado, 16 de julho de 2011

Timor-Leste: PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO E A POLÉMICA QUE SUSCITA





"Um Governo já cessante, em que falta menos de um ano para terminar funções, quer obrigar os futuros governos a seguir esse plano, quando se recusa terminantemente a tentar obter consenso."

Não sei o que pensam outros leitores mas esta acusação faz me lembrar a Lei de Pensão Vitalícia criado já nos últimos 'dias' do governo Fretilin.

Neste caso o povo nem sonhava que os senhores de uma "franja da sociedade timorense" lhes estivessem a tramar uma dessas quando o povo vivia e ainda vive com menos de $1 US dólar por dia.

"Querer desenvolver as infraestruturas para além da capacidade de desenvolvimento do capital humano só compromete o país. Se o desenvolvimento for tão rápido que a nossa capacidade humana, em termos de competências, não consegue depois gerir e sustentar, o que vai acontecer?"

Pois bem, o melhor é desenvolvermos a nação a passo de caracol e continuar a gastar o dinheiro do petróleo a sustentar o país com tudo o que precisa para sobreviver.

Desenvolver o país para abrir caminho a outros sectores produtivos não é imperativo porque os recursos humanos ainda não chegam. Vão ter que esperar ate que estejamos prontos. Até lá vai-se vivendo do petróleo.

"Vem o "outsourcing" e vamos ter especialistas de outros países a encherem Timor-Leste e os nossos vão continuar sem fazer nada", comentou o líder da FRETILIN.

Pois, o melhor é esperarmos mais uns 15, 20 anos? (estou a ser optimista) até termos os nossos próprios especialistas (com experiência) antes de começarmos a fazer algum desenvolvimento nacional de significativo.

Afinal de contas é assim que todos os países do mundo funcionam quando têm falta de mão-de-obra especializada, não é?

Para que importar mão-de-obra especializada a par e passo com a preparação de especialistas nacionais quando podemos por o desenvolvimento nacional em molho de água de bacalhau por uns bons anos até termos a capacidade de fazermos tudo por nós próprios?

"Alkatiri exemplifica com "o que já se passa" para executar o Orçamento do Estado: "o Governo tem um batalhão de assessores de duvidosa qualidade, muitos deles jovens licenciados que acabaram de sair da Universidade e não têm qualquer experiência".

Se calhar, para aliviar as preocupações do Sr. Ex-PM Alkatiri, o melhor seria termos um batalhão de funcionários jovens timorenses com qualidades e licenciaturas ainda mais duvidosas e acabados de sair das inúmeras universidades timorenses de renome internacional. Só existe um problema aqui, será que temos o suficiente para um batalhão?

O melhor ainda seria desmantelar o Ministério de Finanças até um dia em que tenhamos os recursos humanos qualificados para retomar o trabalho de tal ministério. Não vá o diabo tecê-las e fazer os meninos gerir mal o dinheiro do povo.

Agora está tudo mais claro! Realmente o PED não é de interesse nacional. É melhor pararmos com todos estes planos ambiciosos e esperar por melhores condições. Quem sabe se daqui a 20 anitos não estejamos prontos para dar o pontapé de partida? Não se preocupem senhores, afinal diz o ditado que 'O tempo voa'.

Com firmeza rezemos a Deus ou a Allah para que com o tempo não voem também as oportunidades.

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