sábado, 20 de agosto de 2011

Facebook: EGIPTO É O PRIMEIRO UTILIZADOR EM NÚMERO, TUNÍSIA EM QUALIDADE





O Egipto tem o maior número de utilizadores árabes da rede social Facebook, mas a Tunísia é o país árabe que "melhor utilizou as redes sociais para desencadear a revolução", indica um estudo hoje citado no jornal marroquino "Assabah".

Na classificação por países, a Tunísia ocupa, pelo número de utilizadores do Facebook, o quinto lugar no mundo árabe, depois do Egipto, Arábia Saudita, Marrocos e Emirados Árabes Unidos, mas está à frente da Argélia, Jordânia e Líbano, escreveu o Instituto de Estudos Económicos do Mundo Mediterrâneo (IPEMED), no estudo hoje divulgado.

"Apesar de se classificar no quinto lugar árabe pelo número de utilizadores do Facebook em relação ao número da população (20%), a Tunísia é o país árabe que melhor utilizou as redes sociais para desencadear a revolução", sublinha o observatório.

No início de 2011, o Facebook tinha "mais de 20 milhões de utilizadores no mundo árabe, contra cerca de 30 000 blogues em 2005", indica o estudo deste observatório presidido pelo tunisino Radhi Meddeb, no qual participaram vários investigadores sobre o Magrebe contemporâneo, bem como economistas da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

Quanto ao número de membros da rede Facebook em relação ao número total da população, o Qatar é o primeiro classificado, com 59,7%, seguido dos Emirados Árabes Unidos (42%), Bahrein (36,9%), Líbano (23,4%), Tunísia (20%), Egipto (16,5%), Marrocos (7,6%), Argélia (4,6%) e Líbia (4,5%).

Os autores do estudo salientam, por outro lado, que "a Tunísia e o Egipto contam-se entre os países do sul do Mediterrâneo onde o peso do sector das TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação) é dos mais elevados da região.

"Os países que ainda lutam contra a destituição dos seus poderes (Síria, Iémen e Líbia) são países em que o sector das TIC é inferior a 5%, sublinha o IPEMED, sem contudo estabelecer uma relação de causalidade entre TIC e revolução.

"Se na Tunísia e no Egipto, o derrube dos regimes foi tão rápido, é, pelo menos em parte, devido ao facto de esses meios de comunicação estarem acessíveis a um grande número de pessoas".

No início deste ano, Marrocos tinha 2,45 milhões de utilizadores do Facebook (numa população total de cerca de 35 milhões de habitantes), revelou ainda o jornal marroquino, citando o estudo.

1 comentário:

Anónimo disse...

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