segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Maubara, a vila do turismo timorense projetada com apoio da cooperação portuguesa





No restaurante da vila de Maubara, em Timor-Leste, instalado num antigo forte holandês, servem-se sumos de fruta naturais e encomenda-se o almoço antes de se dar um mergulho na praia e comprar peças de artesanato timorense.

O restaurante e as várias lojas de artesanato espalhadas na rua junto ao mar foram criados com o apoio do cluster da cooperação portuguesa Mos Bele (Nós Podemos), que pretende criar em Maubara uma vila preparada para o turismo sustentável.

“Mos Bele é a aplicação do novo conceito da cooperação portuguesa que visa aplicar às dinâmicas de desenvolvimento a lógica de criação de valor”, explicou à agência Lusa João Carvalho, responsável pelo projeto.

Segundo aquele responsável, “pela primeira vez há uma intervenção multissetorial alinhada”.

“Atuamos ao nível da educação, saúde, atividades económicas primárias, agricultura e pesca, a nível das atividades económicas secundárias de transformação e terciárias, por exemplo, como o turismo”.

Para haver turismo é preciso haver serviços e com o financiamento do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento já foram criadas desde 2009 17 microempresas por timorenses.

Em Maubara há um cabeleireiro, um atelier de costura, uma peixaria, uma frutaria, uma oficina, um restaurante, lojas de artesanato, uma padaria e empresas de construção civil.

“O dinheiro entra em Maubara, circula em Maubara e possibilita o desenvolvimento integrado para toda a família e o reconhecimento de quem vem a Maubara”, explicou João Carvalho.

Segundo João Carvalho, o que se 'está a possibilitar de uma forma formal é que as pessoas criem o seu negócio e que seja reconhecido pelos seus pares e que seja reconhecido como sendo para o bem comum”.

“O que estamos a possibilitar é que as pessoas de Maubara não tenham de se deslocar a Liquiçá ou a Díli. O objetivo é que até 2013 Maubara seja uma cidade de serviços, onde todos os serviços necessários existam e que seja uma cidade de turismo”.

Em Maubara só falta o hotel que será inaugurado no próximo ano.

Projetado pelo arquiteto português, Luis Jorge Bruno Soares, o hotel está a ser reconstruído por 65 famílias de duas aldeias.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro João,

"Em Maubara há um cabeleireiro, um atelier de costura, uma peixaria, uma frutaria, uma oficina, um restaurante, lojas de artesanato, uma padaria e empresas de construção civil"

A peixaria não tem peixe, a frutaria não tem fruta e quando tem é tão cara que ninguém compra, a oficina nunca viu as portas abrir. O restaurante efectivamente serve uns petiscos a um preço agradável, mas não havia necessidade de o IPAD vir para Timor abrir tascas, era bom que o dinheiro e o Know How fosse gasto em coisas mais relevantes.
Já lá foram mais de um milhão de Dólares dos contribuintes Portugueses para abrir uma tasca!!

Beijinhos da Querida Lucrécia

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