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Cairo, 12 ago (Lusa) -Pelo menos 13 pessoas foram hoje mortas pelas forças de segurança na Síria, em mais uma jornada de protesto contra o regime do Presidente sírio Bachar al-Assad, afirmou um elemento da oposição.
O porta-voz dos Comités de Coordenação Local, Omar Edelbe, explicou, em declarações via telefone à agência noticiosa espanhola EFE, que cinco pessoas morreram na cidade de Duma (este), duas em Alepo (norte) e outras duas em Idlib (noroeste).
O representante acrescentou que em Saqba (este) morreu também uma pessoa, bem como nas cidades de Deir el Zur (noroeste), Homs (centro) e Hama (centro).
"As forças de segurança dispararam contra todos os participantes nas manifestações", afirmou Edelbe, numa alusão às ações de protesto convocadas para hoje, sexta-feira (o dia sagrado para os muçulmanos), sob o mote "Só nos ajoelhamos diante de Deus".
A cidade de Duma foi uma das mais afetadas pela repressão das forças de segurança, com a morte de cinco pessoas, incluindo uma mulher e um adolescente de 16 anos.
Em Alepo, outro local onde a ofensiva militar foi "forte", segundo Edelbe, as forças do regime abriram fogo contra os manifestantes do bairro de Sajur, depois das orações de sexta-feira.
Este bairro está cercado pelas forças de Damasco, que continuam a realizar inúmeras detenções entre os habitantes daquele local.
Os ativistas sírios realizaram hoje, como têm sido hábito ao longo das últimas sextas-feiras, uma nova jornada de protesto contra o regime de Bachar al-Assad, existindo registos de manifestações em Damasco, Deraa, Lattaquié e em localidades da província de Homs.
Na cidade de Banias (Homs), os militares cercaram várias mesquitas de forma a impedir qualquer ação de protesto depois das orações, enquanto veículos blindados patrulhavam as ruas.
Desde o início do movimento de protesto popular no território sírio, em meados de março, morreram mais de duas mil pessoas, segundo fontes da oposição e das organizações sírias de direitos humanos.
As mesmas fontes denunciam que o regime de Damasco já prendeu perto de 15 mil pessoas.
*Foto em Lusa
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