MARIA JOSÉ OLIVEIRA – PÚBLICO
O Presidente da República vê com satisfação a possibilidade de o Governo avançar com a criação de um imposto especial sobre os altos rendimentos.
O PÚBLICO sabe que em Belém a notícia de que o executivo pondera suscitar o debate sobre o assunto quando for analisado o Documento de Estratégia Orçamental foi recebida com agrado, uma vez que a proposta de um imposto extra aplicável a rendimentos elevados, em sede de IRS, coincide com aquilo que Cavaco Silva defendeu durante a campanha eleitoral para as presidenciais de Janeiro.
A ideia então explicada pelo Presidente numa entrevista à Rádio Renascença mantém-se inalterável, nota fonte da Presidência. Nessa entrevista, transmitida dois dias antes das eleições de 23 de Janeiro, Cavaco sublinhou que, em alternativa ao corte de salários, o Governo PS deveria ter solicitado "o contributo de todos os cidadãos". "Bastava, por exemplo, que fosse criado um imposto extra para todos os portugueses acima de um certo rendimento", afirmou, acrescentando que "os sacrifícios exigidos nos últimos tempos não se dirigem a todos os portugueses".
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A ideia então explicada pelo Presidente numa entrevista à Rádio Renascença mantém-se inalterável, nota fonte da Presidência. Nessa entrevista, transmitida dois dias antes das eleições de 23 de Janeiro, Cavaco sublinhou que, em alternativa ao corte de salários, o Governo PS deveria ter solicitado "o contributo de todos os cidadãos". "Bastava, por exemplo, que fosse criado um imposto extra para todos os portugueses acima de um certo rendimento", afirmou, acrescentando que "os sacrifícios exigidos nos últimos tempos não se dirigem a todos os portugueses".
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QUE VIVA A HIPOCRISIA!
Relacionado com a peça do Público retirámos do wehavekaosinthegarden a imagem exposta e também o texto subordinado ao título Que ricos Ricos que nós temos. De salientar que o governo de Passos Cioelho tem mostrado enorme relutância em taxar os mais ricos de Portugal, a par da mentalidade avara e “merceeira” mostrada por imensos dos mais ricos, bem patenteada nas declarações do homem mais rico de Portugal, Américo Amorim "Patinhas".
Também Cavaco Silva se viu obrigado a não perder o comboio e a fazer declarações politicamente corretas, apesar de ser notório que está na política para proteger os mais ricos, exatamente, como se tem visto ao longo do seu longo e nefasto exercício como primeiro-ministro, e agora como PR. Desta vez teve de engolir o “sapo” e declarar o contrário daquilo que pensa e tem usado como prática. Contudo, apesar disso, tem o cuidado, a preocupação, de procurar salvaguardar um imposto sobre os “bens patrimoniais” aos mais ricos de Portugal. Pudera! E é isso que vai mesmo acontecer, ou até acontecerá que os mais nem vão ser taxados de coisa nenhuma, ou talvez só de uma insignificância que é para "tapar os olhos" aos portugueses abusadoramente espoliados. Os mordomos dos Amorins estão no Poder exatamente para cumprirem com as suas obrigações: salvarem os ricos, fazê-los ainda mais ricos, sacarem o mais possivel daqueles que esforçadamente trabalham e se vêem com uma vida repleta de dificuldades. E o desemprego? E a saúde? E a fome? E a educação? E a carestia de vida? Que viva a hipocrisia instalada em Belém, em São Bento e pela maior parte dos políticos ao serviço dos grandes empresários mais ricos de Portugal e do mundo, que neste país exploram selvaticamente os que inspiraram Bordalo, o Zé Povinho! – opinião e introdução de António Veríssimo
QUE RICOS QUE NÓS TEMOS
Depois do Bilionário Warren Buffett ter afirmado que o Estado não devia continuar a isentar os mais ricos de pagar impostos e que estes deveriam ser aumentados foi agora a vez de Milionários franceses, detentores das dezasseis maiores fortunas do país, instaram o Governo a aplicar uma taxa especial sobre os rendimentos dos mais ricos para ajudar a debelar os problemas financeiros do país.
Quando li notícias como esta imaginei logo os milionários portugeses a fazerem fila à porta do Ministério das Finanças para também eles exigirem pagar impostos mais elevados. Mentira, não imaginei nada e o Américo Amorim, o homem mais rico de Portugal já afirmou, “eu não me considero rico”. “Sou trabalhador”, contrapôs. E pronto, conversa acabada. Para a matéria em apreço, o cognominado “rei” da cortiça garante que não passa de um simples assalariado.
Até me vieram as lágrimas aos olhos só de pensar nas dificuldades porque deve passar o pobre assalariado.
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