BM – LUSA
Londres, 05 set (Lusa) - O primeiro-ministro britânico prometeu hoje que a operação militar internacional continuará "até o trabalho estar terminado", o que inclui a captura de Muammar Kadhafi.
"Enquanto Kadhafi continuar desaparecido, a segurança e da população líbia mantém-se ameaçada", afirmou hoje David Cameron, numa comunicação ao Parlamento, que regressou hoje de férias de verão.
As forças armadas britânicas participaram ativamente na intervenção militar internacional da NATO, com 36 aviões e helicópteros, oito fragatas e um submarino.
Cameron precisou que os meios britânicos estiveram envolvidos em 2400 missões aéreas, tendo sido responsáveis por um quinto dos bombardeamentos sobre cerca de 900 alvos.
A operação ELLAMY (nome de código da intervenção britânica na Líbia) envolveu a certa altura 2300 militares do Reino Unido.
"Não sairemos até o trabalho estar terminado", garantiu, dizendo estar preparado para "prolongar o mandato da NATO enquanto for necessário".
Sobre Kadhafi, o primeiro-ministro entende que deve "enfrentar as consequências das suas ações, sob a lei internacional e líbia".
Quanto às novas autoridades, entende que Londres "deve deixar claro lidar com uma série de problemas do passado".
O caso de Abdelbaset al-Megrahi, o terrorista condenado pelo atentado de Lockerbie e libertado há dois anos, deve ser resolvido pela administração da Escócia.
"Acredito que ele nunca deveria ter sido enviado de volta para a Líbia", reiterou.
A propósito de Yvonne Fletcher, uma agente da polícia morta em 1986 durante uma manifestação junto à embaixada líbia em Londres em 1984, lembrou que a investigação britânica continua.
Cameron fez saber que o primeiro-ministro interino, Mahmoud Jabril, assegurou a intenção de as novas autoridades líbias cooperarem inteiramente".
O chefe do governo britânico referiu ainda que o sucesso da revolução líbia deve dar esperança a outros países, apelando ao fim da violência na Síria.
Em particular, Cameron afirmou que o Reino Unido continuará a defender uma resolução da ONU para um embargo ao petróleo sírio como aquele que foi imposto pela União Europeia.
"A mensagem ao presidente [sírio Bachar] Assad deve ser clara: ele perdeu toda a legitimidade e não pode continuar a reivindicar a liderança da Síria", vincou.
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