quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Guiné-Bissau: CPLP E CEDEAO SEM ACORDO SOBRE PLANO CONJUNTO




ANGOLA PRESS

Washington - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a Comunidade da África Ocidental (CEDEAO) vão continuar a negociar um acordo sobre a concretização do plano conjunto para a Guiné-Bissau, segundo fontes diplomáticas ouvidas pela Agência Lusa.  
 
De acordo com as mesmas fontes junto da ONU em Nova Iorque, esperava-se que o acordo pudesse ser fechado na reunião de segunda-feira do grupo de contacto para a Guiné-Bissau, que teve lugar em Nova Iorque, mas persistem divergências entre as duas organizações em relação ao conteúdo.  
 
De acordo com uma fonte presente na reunião, a CEDEAO pretende ver registado "um papel de maior liderança" na aplicação do plano para a Guiné-Bissau, independentemente da realidade no terreno".  
 
Angola tem-se assumido, em nome da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), como principal ator da reforma das Forças Armadas e polícia guineense, considerada condição essencial para a estabilidade do país.  
 
Na reunião participaram os ministros dos Negócios Estrangeiros e Angola, Nigéria, Guiné-Bissau e ainda o secretário de Estado dos Assuntos Externos de Cabo Verde, além do presidente da CEDEAO e de representantes da União Europeia.  
 
 Na reunião foi feito um ponto de situação por cada um dos presentes e no final divulgado um comunicado, que refere que os membro do grupo internacional de contacto estão a trabalhar para que seja assinado, "no menor espaço de tempo possível", um memorando de entendimento entre CEDEAO, CPLP e Guiné-Bissau para aplicação do roteiro.  
 
"Ainda persistem algumas divergências entre as versões da CPLP e CEDEAO", referiu outra fonte presente na reunião.  

 
Em declarações à Agência Lusa na sexta-feira, à margem do encontro de chefes da diplomacia da CPLP em Nova Iorque, o ministro angolano das Relações Exteriores afirmou que as emendas ao acordo em discussão incluem "como trabalhar para aplciação da reforma das Forças Armadas".  

A Guiné-Bissau "conseguiu, bem ou mal, praticamente preencher um longo período sem crises. É de encorajar, temos de ajudar a consolidar as suas instituições e a reforma do exército é uma delas", adiantou o ministro de Angola, que actualmente preside à organização lusófona. 
 

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