quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Moçambique: Aires Ali defende igualdade de estatuto entre Português e as línguas nacionais




RÁDIO MOÇAMBIQUE

("Não é possível, ou pelo menos há enormes dificuldades, aprender em simultâneo uma língua e adquirir conhecimentos nessa mesma língua")

O primeiro-ministro moçambicano, Aires Ali, defendeu hoje (segunda-feira) a "igualdade de estatuto" entre a língua portuguesa e as línguas locais dos países falantes do Português, salientando a importância da diversidade linguística na transmissão do conhecimento e da cultura.  

Aires Ali advogou a necessidade da promoção das línguas nacionais, usadas nos países de língua oficial portuguesa, na abertura de um colóquio dedicado ao tema "A Diversidade Linguística nos Países da CPLP", que se iniciou hoje em Maputo.  

O primeiro-ministro moçambicano realçou a necessidade do ensino das línguas nacionais nas escolas dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), elogiando o empenho na reformulação do actual sistema de ensino monolingue, para o estabelecimento da igualdade de estatuto entre as línguas nacionais e o português.  

"A introdução deste sistema de ensino variado surgiu num contexto em que estudos demonstraram, não só em Moçambique, mas também noutros países, que é sempre melhor para as crianças que aprendam na sua língua materna", enfatizou Aires Ali.  

Reconhecendo a importância da língua portuguesa como veículo de cultura, acesso à informação e ao conhecimento científico, o primeiro-ministro moçambicano sublinhou a importância da interação com as línguas nativas dos Estados da CPLP, para o fortalecimento da cooperação linguística e cultural.  

Para que essa interação seja produtiva, defendeu Aires Ali, é necessário envidar esforços no sentido de uma maior harmonia "na ratificação e implementação do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa".  

O colóquio "A Diversidade Linguística nos Países da CPLP" vai reunir  até quarta-feira linguistas, investigadores e docentes de língua portuguesa  dos oito Estados membros da organização - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.  

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