sábado, 10 de setembro de 2011

RAPIDINHAS DO MARTINHO – 41




MARTINHO JÚNIOR

CYNTHIA MCKINNEY

A activista Cynthia McKinney nasceu a 17 de Março de 1955, em Atlanta, Geórgia, foi congressista e, em representação do Partido dos Verdes, candidata à Presidência nos Estados Unidos, na última eleição Presidencial que elegeu Barack Hussein Obama.

É uma figura conhecida nos Estados Unidos e a nível internacional por aqueles que acompanham de forma mais intensa os fenómenos sócio-políticos contemporâneos e os estudiosos:

- Nos Estados Unidos sobretudo pela coragem com que assume a crítica aos “lobbies” dominantes do império, “lobbies” decisivos no turno de serviço em cada Administração, um turno que, década a década, se limita a Republicanos e Democratas, Democratas e Republicanos…

- A nível internacional, por que adopta uma posição de coragem intelectual, política e física, a favor das causas dos oprimidos, de forma esclarecida, militante e desassombrada.

Quando das eleições Presidenciais nos Estados Unidos, como não era uma figura dos “lobbies”, foi esquecida em África, não só por causa dos media de intoxicação global, mas também por que as elites africanas demonstraram com isso quão enfeudadas estão ao “diktat” da aristocracia financeira mundial no que se refere à política interna e externa dos Estados Unidos e quão de forma agenciada, por via da omissão, são capazes de “coexistir” com a fluente retórica que se faz passar sobre o monstro.

Barack Hussein Obama passou por ser “um homem de África”, no momento em que se procurou que África desconhecesse uma mulher com uma coragem humanística do tamanho do mundo!

Hoje Obama vai tirando a máscara e a comprová-lo está a sua doutrina de arrogância e de desprezo para com os africanos, os processos de inteligência “techint” e “humint” que visam perpetuar o domínio sobre o mundo conforme vai ficando demonstrado com o episódio da Líbia e o encadeado de acontecimentos em África, no Médio Oriente, na Ásia Central, na América Latina…

A “Obama doctrine” é cada vez mais uma afronta ao continente berço e tal como Bush e Blair, dever-se-ia sentar no banco dos réus senão do TPI (o que nunca acontecerá) no tribunal da história e, com isso, fica a demonstração do quanto o império, da forma como foi “construído” e como está a ser “construída” a globalização, torna inviável políticas alguma vez responsáveis, equilibradas e justas.

Cynthia McKinney nem por isso desiste, tem uma energia que aparenta não ter limites, a energia de quem só tem uma vida por viver por inteiro, firme, corajosa, de pé: tem sido uma esclarecida activista em relação às causas dos oprimidos em África, sobretudo no Congo, no Ruanda e agora na Líbia!

Por isso sua figura é apagada da imprensa controlada pelos grandes media e desse modo votada ao “apagão” de conhecimento da maioria dos africanos.

Os mais atentos conhecem-na melhor desde quando ela tratou do tema “Cover action in África: a smoking gun in Washington DC”!...

O que seriam os Estados Unidos se hipoteticamente Cynthia McKinney tivesse sido eleita?

Que tipo de relacionamentos ela iria desencadear para com o resto do mundo e sobretudo para com aqueles que têm sido historicamente condenados ao subdesenvolvimento, à marginalidade, à miséria e à morte?...

É impossível imaginar por que uma experiência dessa natureza nunca a houve, mas Cynthia McKinney é sobretudo uma lutadora que não se cansa de procurar mais equilíbrio universal, mais justiça, mais amor, um amor sem cinismo, para com os oprimidos, os fracos, os vulneráveis, muitas vezes os sem voz!

Não sendo pelo seu próprio carácter, a candidata dos “lobbies”, melhor que ninguém até hoje terá sido a candidata dos povos oprimidos do império, em plena época de globalização!

No momento em que escrevo ela passou pelo Canadá e ali, no âmbito das iniciativas dos ilustres analistas do Global Research, com a visibilidade que lhes é possível, fez uma intervenção num assunto que a todos interessa e relativo ao 11 de Setembro de 2001, numa altura em que se completou a primeira década após esses acontecimentos.

Os oradores tinham o seguinte programa:

Location: Cinema du Parc
3575 av. du Parc, Montreal, QC H2X 3P9
(Metro Sherbrooke), MAP

The tragic events of September 11, 2001, which claimed many lives in the United States, have since given rise to an era of endless US/NATO-sponsored wars accompanied by economic chaos, rising poverty and financial manipulation. We have seen a marked shift towards authoritarianism, the criminalization of justice and the development of a police state. At this special 10 year commemorative event, we invite the public to an evening exploring the truth behind 9/11 and its implications for the future of society.

Speakers:

Cynthia McKinney

9/11 Truth: The War at Home and Abroad
Cynthia McKinney is a former Member of the US Congress and the Green Party Candidate in the US presidential elections. She has recently returned from a fact-finding mission to Libya.

Wayne Madsen
 
Media Manipulation and the Fear of Terrorism
Wayne Madsen is a Washington, DC-based investigative journalist, bestselling author and syndicated columnist. He has over 20 years' experience in security issues.

Michel Chossudovsky
 
9/11 and the "Global War on Terrorism" (GWOT)
Michel Chossudovsky is an award-winning author, Professor of Economics (Emeritus) at the University of Ottawa and Director of the Centre for Research on Globalization.

Mahdi Darius Nazemroaya
 
Today's 9/11 War Machine: Report from the Middle East War Theatre
Mahdi Darius Nazemroaya has been reporting from Tripoli during the NATO assault. He is a Research Associate of the Centre for Research on Globalization.

The event will be launched with the Première Screening of Global Research's short documentary film:
 
"Remembering the Tragic Events of September 11, 2001", produced and directed by James Corbett”.

Os acontecimentos do 11 de Setembro de 2011 foram cruciais para o desencadear da IIIª Guerra Mundial em curso, uma guerra não declarada, nem como tal reconhecida, que a aristocracia financeira mundial move contra os interesses da imensa maioria, que repercute pela via político-diplomática, militar, financeira, das comunicações, do comércio desigual que nos atinge a todos, dos impactos culturais mesmo em relação àqueles que estão no mais “obscuro rincão” (as palavras são de George W. Bush), da Terra.

Essa guerra visa controlar as matérias primas como controlar as mentes, impor os interesses, a vontade e as conveniências duns poucos sobre todos como mentir de forma sistemática e contínua em nome da democracia, inibir qualquer capacidade alternativa como garantir o conhecimento elitista sobre as ciências e a tecnologia…

Cynthia McKinney e o círculo do Global Research do Canadá tem percebido tudo isso, investigando, denunciando, expondo, abrindo debates a um patamar ao nível da inteligência reflexiva sobre o estado em que se encontra toda a humanidade, incansável e militantemente, de forma exemplar.

Recomendo uma passagem assídua pelo “site” do Global Research (http://www.globalresearch.ca), aproveitando para acompanhar a evolução da situação global de forma independente e crítica.

O Global Research é um dos “sites” que aborda de forma abrangente não só os acontecimentos do 11 de Setembro, mas também todas as suas envolvências, uma parte delas “behind the scenes”, até às suas profundas razões causais, de que a exposição em vídeo de James Corbett é um exemplo (http://tv.globalresearch.ca/2011/09/after-911-ten-years-war):

“The tragic events of September 11, 2001, which claimed many lives in the United States, have since given rise to an era of endless US/NATO-sponsored wars accompanied by economic chaos, rising poverty and financial manipulation. We have seen a marked shift towards authoritarianism, the criminalization of justice and the development of a police state. At this special 10 year commemorative event, we invite the public to an evening exploring the truth behind 9/11 and its implications for the future of society”.

O Global Research perfez também no dia 8 de Setembro 10 anos, pelo que a presença de Cynthia McKinney é por si uma prova de vida e de saúde dos seus mentores, também em nome de África!

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