DESTAK - LUSA
Centenas de pessoas manifestaram-se hoje na capital do Afeganistão para exigir a retirada imediata das forças militares internacionais, na véspera do 10.º aniversário da invasão norte-americana.
A manifestação pacífica, realizada na baixa de Cabul, teve por objetivo assinalar os dez anos da invasão do país, iniciada a 07 de outubro de 2001 na sequência dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.
O então líder dos talibãs, o mullah Omar, recusou entregar Usama bin Laden aos Estados Unidos, alegando duvidar que ele fosse responsável pelos atentados e não poder ir contra a tradição afegã de hospitalidade.
Bin Laden foi morto numa operação de forças especiais norte-americanas em maio passado no Paquistão.
Os manifestantes em Cabul gritaram palavras de ordem como “não à ocupação” e “americanos fora” e marcharam pelas ruas brandindo retratos de afegãos mortos no conflito. No final do protesto, organizado por um pequeno partido de esquerda, os manifestantes queimaram uma bandeira dos Estados Unidos.
“Os Estados Unidos disseram que vinham para ajudar o povo afegão e dar uma vida boa ao povo afegão, mas o verdadeiro objetivo foi ocupar o nosso país”, disse uma das manifestantes, Farzana, de 22 anos, à agência noticiosa norte-americana AP.
“Passaram 10 anos desde a invasão do Afeganistão e tudo o que deixou para trás foi o sangue de afegãos. Queremos que os EUA saiam do país”, prosseguiu, afirmando que “os ataques suicida, a insegurança e a corrupção aumentam de dia para dia”.
A coligação militar internacional liderada pelos Estados Unidos conta atualmente com mais de 130 mil tropas no Afeganistão, cerca de 98 mil das quais norte-americanas.
As forças internacionais iniciaram um processo de transferência das responsabilidades de segurança para as forças afegãs e marcaram a retirada de todas as tropas estrangeiras no país para o final de 2014.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou em julho a retirada de 10 mil tropas até ao fim deste ano e de mais 23 mil em setembro de 2012.
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