Ministro Pedro Canga (à esquerda) ao lado dos responsáveis da Organização Cooperativista dos Países de Língua Portuguesa - Fotografia: Kindala Manuel |
NATACHA ROBERTO – JORNAL DE ANGOLA
Angola pretende reforçar a actuação das cooperativas do sector agrícola e das pescas através da cooperação bilateral com a Organização Cooperativista dos Países dos Povos de Língua Portuguesa (OCPLP).
O presidente da Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa (OCPLP), Márcio Freitas, disse na terça-feira, em Luanda, que Angola possui potencialidades agrícolas e de pescas que interessam ao Brasil e a outros países. “Além do petróleo e minerais, Angola possui fertilizantes que interessam ao Brasil, como a ureia, um dos fertilizantes mais importado pelo nosso país”, realçou.
A ureia é um subproduto considerado na agricultura como o “ouro negro”. É obtido a partir da síntese da amónia com o gás carbónico, sendo um dos fertilizantes mais utilizados no mundo.
Márcio Freitas, que falava à imprensa à margem da Assembleia-Geral Ordinária da OCPLP, informou que a organização pretende construir um centro de formação internacional de cooperativismo em Angola, com vista a promover estudos sobre a sua importância na agricultura aos técnicos agrícolas e nas faculdades de agronomia.
A organização desenvolve actividades nos sectores agrícola, piscatório, bancário, transportes, educação, infra-estruturas e serviços, nos quais existe actividade económica. “Contámos com o apoio do Executivo angolano para a realização de actividades de comércio entre as cooperativas, para fortalecer os negócios entre os países nos sectores agrícola e das pescas”, acentuou o presidente da Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa.
No seu discurso de abertura da Assembleia-Geral Ordinária da Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa, o ministro da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Pedro Canga, disse que as cooperativas desempenham um papel importante no fortalecimento do sector.
Segundo afirmou, as cooperativas podem contribuir na expansão do movimento cooperativo dos países membros, em particular dos africanos e de Timor-leste.
“Espero que a assembleia possa encontrar soluções para os problemas comuns, como a produção, comercialização, consumo e crédito”, referiu o ministro da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural.
O presidente da Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agropecuárias de Angola, (UNACA), Paulo Uime, disse que a Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa constitui uma organização fundamental para o apoio às cooperativas nacionais e no desenvolvimento da agricultura.
Paulo Uime salientou, ainda, que Angola possui um número significativo de cooperativas no sector agrícola e das pescas.
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