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A Galp Energia anunciou hoje que a grande reserva de gás natural descoberta em Moçambique há uma semana é ainda maior do que estava previsto, contendo matéria-prima para abastecer Portugal durante doze anos e não os oito anos anunciados.
Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de valores Mobiliários, a Galp revela que na exploração na bacia do Rovuma, em Moçambique, "durante a perfuração mais profunda do poço Mamba South-1, foi encontrado um novo jazigo (...) de boa qualidade que contém até 7,5 Tcf [biliões de metros cúbicos] de gás natural".
Há uma semana, a Galp anunciou que o mesmo poço poderia conter, no mínimo, 15 Tcf de gás. Esta atualização aumenta em mais 50 por cento as reservas previstas para o poço e isto só a parte correspondente à participação da Galp no consórcio de exploração liderado pela italiana ENI.
Segundo a Galp, no comunicado da quinta-feira anterior, “os volumes relevantes de gás natural descobertos poderão conduzir ao desenvolvimento de um projeto de gás de grande dimensão, com a combinação de exportação para mercados regionais e internacionais através de GNL e o abastecimento ao mercado doméstico. Este desenvolvimento irá suportar o crescimento industrial e económico de Moçambique”.
A empresa portuguesa adianta que, após esta nova descoberta, "o poço vai continuar a ser perfurado até atingir uma profundidade total de aproximadamente 5 mil metros" e após a conclusão deste poço exploratório, "a sonda será deslocada para o segundo poço previsto no programa de exploração, o Mamba North-1, localizado a cerca de 22 quilómetros a norte do poço Mamba South-1".
A Galp Energia detém uma participação de 10 por cento no consórcio que explora a Área 4, cabendo 70 por cento à Eni, 10 por cento à KOGAS e 10 por cento à ENH.
Na comunicação da ENI ao mercado italiano há uma semana, apontava-se para um potencial de 425 mil milhões de metros cúbicos de gás na exploração do bloco Mamba South 1, "uma jazida de classe mundial".
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