quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Matan Ruak entrega a Lere Anan medalha de Nobel da Paz e chefia das forças armadas




DESTAK - LUSA

Taur Matan Ruak passou hoje simbolicamente a chefia das Forças Armadas de Timor-Leste a Lere Anan Timur com a entrega da medalha de Nobel da Paz atribuída ao Presidente do país, José Ramos-Horta, em 1996.

"Aproveito este momento para fazer a entrega da medalha do Prémio Nobel da Paz oferecida pelo Dr. José Ramos-Horta às FALINTIL, ao major-general Lere Anan Timur. Será este o símbolo e testemunho da transferência de poderes que também o major-general Lere Anan Timur entregará um dia", afirmou Taur Matan Ruak.

O comandante cessante das FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste discursava na cerimónia da sua saída e da tomada de posse das novas chefias militares, cuja liderança fica a cargo de Lere Anan Timur. "Hoje pela primeira vez temos o enorme privilégio de efetivar a passagem de poderes do comando das Forças de Defesa de Timor-Leste numa cerimónia de Estado, em cumprimento dos preceitos constitucionais, de forma tranquila, segura e natural", afirmou Taur Matan Ruak.

Segundo o major-general, durante a "luta a sucessão no comando ocorreu sempre devido à morte, detenção ou rendição de um combatente".

"Vivo o dia de hoje nesta cerimónia como um momento único da história das nossas Forças Armadas", salientou.

O novo chefe das Forças Armadas do país, Lere Anan Timur, afirmou que as forças armadas continuam apostadas na coesão nacional desde a sua formação até hoje.

"A visão e papel das Forças Armadas de Timor-Leste é de cooperar e contribuir com o Estado para o desenvolvimento nacional, no espírito da ordem constitucional, para fortalecer a estabilidade e a paz", afirmou no discurso de tomada de posse.

Lere Anan Timur agradeceu a confiança depositada em si para chefias as Forças Armadas e prometeu "prudência, coerência, experiência, confiança" para garantir a estabilidade e a paz e atingir e desenvolver o Estado democrático.

À cerimónia, que decorreu no Palácio Presidencial, em Díli, assistiram centenas de pessoas, membros do governo, corpo diplomático e antigos elementos da resistência timorense.

*Foto Lusa

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