domingo, 27 de novembro de 2011

Cabo Verde e Guiné-Bissau esperam haver condições para adesão da Guiné Equatorial



FP - LUSA

Bissau, 26 nov (Lusa) - Os primeiros-ministros de Cabo Verde e Guiné-Bissau esperam que existam condições para a adesão da Guiné Equatorial à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na próxima cimeira do organismo, em Maputo.

José Maria Neves, primeiro-ministro de Cabo Verde, e Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, disseram hoje em Bissau esperar essas condições na próxima cimeira, mas nenhum deles garantiu que será a definitiva entrada da Guiné Equatorial na CPLP.

Sexta-feira em Luanda, após um encontro com o Presidente José Eduardo dos Santos, o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, disse que a questão da adesão do país à CPLP foi discutida e que "na próxima cimeira possivelmente a Guiné Equatorial será país membro".

Hoje em Bissau, no início de uma visita de cinco dias à Guiné-Bissau, José Maria Neves lembrou que na última cimeira de Luanda foi definido um roteiro, "criando as condições para adesão futura da Guiné Equatorial", e disse que Cabo Verde apoia esse roteiro.

"Seria sempre um enriquecimento para esta comunidade e espero que o roteiro definido em Luanda, e Angola enquanto presidente da CPLP está a proporcionar a sua implementação, seja efetivamente executado e que a Guiné Equatorial possa ter condições para integrar esta comunidade", disse José Maria Neves.

Questionado se a adesão poderá ser uma realidade na próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo, José Maria neves disse que tudo depende da "implementação do roteiro", acrescentando que espera que haja "condições para se fazer uma avaliação positiva da implementação do roteiro e que a Guiné-Equatorial possa já ter condições de integrar a CPLP".

Carlos Gomes Júnior foi ainda mais sucinto sobre a matéria, citando José Maria Neves para falar da existência do roteiro, acrescentando esperar "que na cimeira de Maputo já haja condições para a adesão da Guiné-Equatorial".

Sobre se nessa altura a Guiné-Equatorial poderia de facto ser integrada na CPLP disse apenas: "tudo depende".

A Guiné-Equatorial tem vindo a solicitar a adesão à CPLP e no ano passado tornou o Português como uma das línguas oficiais, poucos dias antes da cimeira que se realizou em Luanda. Na altura apenas foram abertas as negociações para a adesão, tendo Angola ficado de fazer um programa de apoio às reformas na Guiné Equatorial, nomeadamente sobre a utilização efetiva da Língua Portuguesa.

A próxima cimeira da CPLP realiza-se em Maputo, Moçambique, no próximo ano.

Sem comentários:

Mais lidas da semana