CORREIO DO BRASIL, com Prensa Latina - de Santiago do Chile
Os trabalhadores da administração pública do Chile protagonizam a partir desta terça-feira uma jornada de 48 horas de greve pela estabilidade trabalhista e em rejeição ao reajuste salarial apresentado pelo governo.
Paralisam seus trabalhos os afiliados à Associação Nacional de Empregados Fiscais (ANEF), ao Colégio de Professores e à Federação Nacional de Profissionais Universitários dos Serviços de Saúde, três dos principais sindicatos do setor público pela sua representatividade.
-Para a greve, com força; não permitamos que nossa gente seja jogada à rua-, afirmou a vice-presidenta da ANEF, Nuly Benítez, em alusão às eventuais demissões em massa em diferentes organismos.
O máximo líder da ANEF, Raúl da Ponte, assinalou por sua parte que continua sendo insuficiente a proposta de reajuste salarial de 5%, anunciada pelo governo nas últimas horas e que foram aceitas por 11 dos 14 sindicatos do setor como a Confederação de Trabalhadores da Saúde Municipalizada.
-O que o governo está propondo mal representa 3% de aumento real e não se ajusta ao 6,5% de crescimento da economia previsto para este ano-, alegou Da Ponte.
A ANEF tinha solicitado um aumento de 9,8% do salário, enquanto o governo tinha contemplado um projeto original de 4% que depois subiu para 4,5% e por último a 5%.
Além de um maior reajuste e de renovação automática de contratos de trabalho orientados a garantir a estabilidade trabalhista, os grevistas exigem uma adequada política de incentivo à aposentadoria.
Em declaração pública nesta capital, a ANEF denunciou também a detenção no dia anterior de um grupo de dirigentes sindicais, entre eles Da Ponte, presidente da organização, que se encontrava apoiando um grupo de trabalhadores que alegavam estarem ameaçados de demissão quando foi preso.
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