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Rio de Janeiro, 29 nov (Lusa) - O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Tovar Nunes, afirmou hoje que ainda não é possível determinar um prazo para a entrada da Guiné Equatorial na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
"Existe esse desejo coletivo [pela aprovação da entrada], que será levado em consideração, e o Brasil tem muito apreço pela Guiné Equatorial e vai dar o tratamento que o pedido merece, junto com outros países. Mas ainda não houve tempo hábil para que essa discussão ocorresse", afirmou Tovar Nunes em declarações à Lusa.
O embaixador realçou ainda que o pedido da Guiné Equatorial para aderir à CPLP tem uma grande importância para a comunidade, que ganhou maturidade e tem se afirmado também como um espaço de coordenação política.
"A CPLP ganhou uma estatura que a colocou na qualidade de uma instituição na qual as nações desejam participar e isso é muito sintomático. A CPLP atingiu maturidade, e o interesse da Guiné (Equatorial) indica isso", acrescentou o porta-voz.
Quanto aos pré-requisitos necessários para a entrada do país no grupo agora composto por oito Estados, o embaixador garantiu que a cláusula democrática não é a questão que está a "segurar" a admissão.
"Existe, sim, uma cláusula democrática e isso é importante. Essa preocupação nós temos também no âmbito do Mercosul e da Unasul, mas não diria que esse tema estaria especificamente segurando a entrada da Guiné (Equatorial)", sublinhou.
Segundo o embaixador, a aprovação envolve "toda uma série de discussões" que têm que ver com as obrigações que o país terá no âmbito da CPLP, mas especialmente uma consulta coletiva que dependerá do pronunciamento de todos os membros.
Na semana passada, o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, afirmou, após um encontro com o chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, que o país poderia tornar-se membro da CPLP já na próxima Cimeira da organização, a realizar em Maputo em 2012.
*Foto em Lusa
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