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Maputo, 08 nov (Lusa) - A revolta popular que provocou a queda do anterior Governo egípcio está a atrasar um projeto de reabilitação da zona costeira da capital moçambicana, adjudicado a uma empresa daquele país, afirmou o presidente do município de Maputo.
Em declarações à Agência de Informação de Moçambique, David Simango deu conta do atraso no início da obra, que será financiada pelo Fundo de Desenvolvimento da Arábia Saudita, o Banco Árabe para o Desenvolvimento e o Governo moçambicano.
"O trabalho deveria ter começado em janeiro deste ano, mas houve manifestações no Egito, o que significa que esta empresa egípcia não tem tempo ou condições para fazer o trabalho no período indicado", disse Simango.
Em 2010, o município de Maputo lançou um concurso para o desenvolvimento de um projeto de proteção da costa da capital moçambicana que foi ganho por um consórcio formado por uma empresa de Moçambique e uma instituição egípcia.
O projeto, orçamentado em 22,5 milhões de dólares (16,3 milhões de euros), ficou parado depois de um pedido de adiamento solicitado pela empresa egípcia, que Simango não revelou o nome, ao município de Maputo.
"Sob os termos do contrato, o município aceitou essa justificativa, e estendeu o prazo", disse Simango, acrescentando que agora o "prazo expirou" e, por isso, o município vai lançar um segundo concurso público.
"Se tudo correr conforme o planeado, este concurso de proteção costeira será lançado este mês", afirmou o dirigente.
O presidente do município de Maputo sublinhou a importância deste projeto para a proteção da zona costeira da capital moçambicana, que tem sido afetado pela erosão.
Simango adiantou ainda que a intervenção visa a proteção de edifícios situados na orla marítima da cidade, bem como o aumento do potencial turístico de Maputo.
*Foto em Lusa
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