Caren Bohan e Laura MacInnis - Reuters
CANBERRA (Reuters) - O presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu na quinta-feira (horário local) que os cortes orçamentários não irão frustrar os planos para um maior papel dos EUA na Ásia e declarou durante uma viagem à região que a América estava "aqui para ficar" como uma potência do Pacífico.
Nervosos com a influência crescente da China, aliados dos EUA como o Japão e a Coreia do Sul têm buscado garantias dos Estados Unidos de que o país seria um forte contrapeso na região.
Obama, durante uma viagem de dois dias em Canberra, na Austrália, usou um discurso ao Parlamento para aliviar as preocupações de que a intensificação da pressão em Washington para cortar o déficit orçamentário levaria a uma diminuição na presença norte-americana na Ásia.
"Enquanto os Estados Unidos colocam a situação fiscal em ordem, estamos reduzindo nossos gastos. E sim, após uma década de crescimento extraordinário nos nossos orçamentos militares - e como nós definitivamente acabamos com a guerra no Iraque e começamos a pôr fim à guerra no Afeganistão - vamos fazer algumas reduções nos gastos de defesa", disse Obama em declarações preparadas.
Mas ele acrescentou que "as reduções nos gastos dos EUA com defesa não - eu repito, não - serão feitas às custas da Ásia-Pacífico."
A visita a Canberra acontece em meio a uma viagem de nove dias pela Ásia-Pacífico que também o levará a Bali, onde procurará destacar o foco na Ásia, tornando-se o primeiro presidente dos EUA a participar da Cúpula do Leste da Ásia, um bloco diplomático que admitiu Estados Unidos e Rússia neste ano.
Ele voou para a Austrália procedente do Havaí, onde organizou uma cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico que discutiu o estímulo ao comércio e reforçou os laços econômicos dentro da região.
Na questão militar, Obama e a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, anunciaram nesta quarta-feira planos para ter 2.500 fuzileiros navais norte-americanos operando a partir de uma base de facto no norte da Austrália.
Obama deve discutir os planos na quinta-feira em uma visita à cidade portuária australiana de Darwin, a apenas 820 quilômetros da Indonésia.
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