sexta-feira, 18 de novembro de 2011

OCCUPY WALL STREET ENTRA EM SEU TERCEIRO MÊS APÓS DIA DE PROTESTOS E PRISÕES




CORREIO DO BRASIL, com agências- de Nova York

Milhares de manifestantes participaram na noite de quinta-feira em Nova York de uma passeata sobre a ponte do Brooklyn, no fim de um dia de protestos convocado pelo movimento Ocupe Wall Street (OWS).

Durante o dia, cerca de 200 manifestantes foram presos em Nova York após um confronto com a polícia quando tentaram realizar um protesto em frente à Bolsa de Valores.

Os policiais bloquearam os acessos a Wall Street, permitindo somente a passagem dos funcionários da Bolsa.

O OWS, que se espalhou por outras cidades dos Estados Unidos e do mundo, vem protestando desde setembro contra a crise econômica e contra o que considera ganância dos bancos e empresários de Wall Street.

Ativistas também foram às ruas na quinta-feira em apoio ao movimento em cidades como Los Angeles, Las Vegas, Boston, Washington, Dallas e Portland.

Em Los Angeles, centenas de pessoas tomaram as ruas e cerca de 20 foram detidas por agentes federais que tentaram desalojar um acampamento no centro dessa cidade.

Uma brigada antimotins em São Francisco prendeu pelo menos 100 cidadãos que tomaram uma sucursal do Banco da América, onde pretendiam estabelecer a sede de seus protestos.

Os protestos tiveram réplicas em países europeus como Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália, Reino Unido e Polônia, fundamentalmente.

Eles dizem que este é um momento crucial para o movimento, que enfrentou a oposição do governo de Nova York esta semana.

Na última terça-feira, uma ação policial retirou à força manifestantes que estavam acampados havia dois meses no Parque Zuccotti, em Nova York, após uma ordem do prefeito da cidade, Michael Bloomberg, que alegou razões sanitárias e de segurança.

O movimento entra nesta sexta-feira em seu terceiro mês de denúncias contra o poder dos grandes bancos, o alto desemprego e as desigualdades geradas pelo sistema capitalista.

Desde 17 de setembro os partidários do movimento desafiaram tempestades de neve, sprays de pimenta, cães, cassetetes e violentos desalojamentos policiais para estarem presentes hoje de ponta à ponta do país, em mais de 70 cidades.

O porta-voz oficial da ONU, Martin Nesirky, admitiu que os participantes das demonstrações têm o direito universal do protesto pacífico, mas esclareceu que “o império da lei também é um princípio importante”.

Uma pesquisa da Universidade de Siena mostrou que 57% dos cidadãos defendem o direito dos indignados permanecerem em parques dia e noite e que não sejam reprimidos.


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