JORGE EURICO - NOTÍCIAS LUSÓFONAS
A corregedora nacional da Justiça, ministra Eliana Calmon, mexeu (sem querer querendo) num ninho de vespas ao defender recentemente, em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, durante a reunião anual da Estratégia nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, que o Sistema Judiciário brasileiro está infiltrado de «bandidos escondidos atrás da toga» e que, por isso, as penas contra juízes envolvidos em corrupção «têm de mexer no bolso».
A ministra Eliana Calmon - que acredita (piamente) que as penalidades devem incluir multas e devolução dos valores desviados por meio de actos ilegais - esqueceu-se (?) de dizer que no Brasil existe uma «polícia bandida» que não brinca em serviço quando o assunto é executar juízas com tempera, a ousadia, a rectidão e o carácter incorruptivel de Patricia Aciolli.
Segundo o correspodente internacional do Pravda, Carlos António Lacerda, Eliana Calmon adgova que para que se possa «mexer nos bolsos» dos juízes brasileros mancomunados com o crime é preciso alterar a Lei Orgânica da Magistratura.
A actual punição dos magistrados brasileiros é a aposentadoria compulsiva, mas para Eliana Calmon isto já não é mais punição.
E eu – se me é permitido dizê-lo – não poderia estar mais de acordo com a corregedora nacional da Justiça, Eliana Calmon, de sua graça.
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