sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Brasil: Dilma Rousseff promete mas condiciona novas contribuições para o FMI



RTP

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, reforçou na quinta-feira que o Brasil está disposto a fazer novas contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas exigiu garantias de que a reforma do organismo sairá do papel.

"Reafirmei a disposição do governo brasileiro de realizar, se necessário, novas contribuições de recursos para o Fundo Monetário", declarou a presidente brasileira, depois de s reunir com o primeiro-ministro da França, François Fillon.

No entanto, assinalou que essa disposição depende de "garantias" quanto à concretização da reforma do FMI que ficou acertada no encontro do G20 na Coreia do Sul, em 2010. Na ocasião, os líderes mundiais concordaram que era necessário aumentar o poder dos países emergentes nas decisões do Fundo.

Ao lado de Fillon, Dilma Rousseff declarou que a França é "parceira fundamental do Brasil, tanto do ponto de vista económico quanto político".

A presidente brasileira citou que, entre 2006 e 2010, o comércio entre o Brasil e a França teve um crescimento médio anual de 11 por cento, alcançando 8,4 mil milhões de dólares (6,4 mil milhões de euros) no ano passado. A França é, hoje, o quinto maior investidor no Brasil.

Ao mencionar a crise, Fillon voltou a garantir que a França "está plenamente determinada não apenas em controlar as finanças públicas, mas também em relançar o crescimento europeu".

O líder francês elogiou igualmente as relações do seu país com o Brasil. Para o primeiro-ministro, a ponte que ligará o território brasileiro à Guiana Francesa, que será inaugurada em 2012, deverá aprofundar ainda mais essa união.

O político também reforçou o apoio da França ao desejo do Brasil de ocupar um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Nos discursos de hoje, os representantes de Brasil e França mencionaram a parceria "estratégica" dos dois países na área da defesa, que contempla acordos para a construção de submarinos e helicópteros militares.

No entanto, nenhum dos líderes mencionou a disputa pelo fornecimento de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). Tida como favorita face à concorrência durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a França viu o processo de compra dos `caças` ser suspenso na atual Presidência.

As declarações dos dois líderes foram feitas após a assinatura de um ato na área da segurança social e de um acordo para a concessão de bolsas para estudantes brasileiras em universidades francesas.

Sem comentários:

Mais lidas da semana