ANTÓNIO VERÍSSIMO
Até parece que nem de propósito me sai na rifa de hoje – horas em que me compete “alimentar” o Página Global – a “novela” porca sobre o Facebook e a grande nação de políticos e magnatas javardos que se acoitam nos EUA.
Ver o vídeo abaixo, noutra postagem, apresentado sobre o inocente jovem estudante alemão que quer pôr em pratos limpos a política ensombrada do Facebook só comprova a nojeira que vai além Atlântico, nos EUA. Usando de artimanhas ilegais os javardos e paranóicos que se apossaram do continente e das políticas norte-americanas avançam por tudo que é país em violação evidente das leis internacionais e dos próprios países visados. Eles invadem aqui e ali, trucidam povos e países, recolhem dados de todo o mundo sobre os cidadãos, em conluio com governos que de patriotas e observadores dos princípios básicos da privacidade nacional nada têm. Recorde-se que o governo de José Sócrates, em Portugal, doou (ou vendeu com “luvas”?) a base de dados do arquivo de identificação dos cidadãos nacionais aos EUA. Foi assim em Portugal e decerto em muitos mais países. O pretexto é a luta contra o terrorismo internacional. Ou seja: qualquer cidadão do mundo é um potencial terrorista aos olhos de certos e determinados loucos a desfrutar dos poderes nos EUA. Aquilo que os EUA se esquecem é que são eles próprios, com as políticas de elites criminosas, a gerarem ódios imensuráveis que redundam em ações terroristas violentíssimas que acabam por injustamente recair sobre o povo norte-americano que é igualmente bisbilhotado, explorado e oprimido por essas mesmas elites criminosas.
O chamado sonho americano esvaiu-se de bens e abraçou sanguinariamente males. O sonho americano de hoje é dominar o planeta e ainda mais além: outros planetas, todos os planetas que conseguir. O grau de loucura daqueles que se apossaram da nação norte-americana e do seu mais modesto povo, a maioria, vai de vento em popa e nem sabemos nós onde irá quebrar-se sem que antes não aconteça a extinção da espécie humana. Entre o mal e o bem praticado pelos EUA ao seu povo e aos povos do mundo venha o diabo e escolha.
Nos anos 40 a Europa beneficiou de importante ajuda dos EUA para o derrube do nazismo-fascismo hitleriano – apesar de tudo isso acontecer não só por humanismo e o que mais lhe pudesse estar arreigado mas muito porque a Rússia marchava a oeste e constituía uma ameaça enorme com o não menos criminoso estalinismo a que chamavam indevidamente comunismo. Por isso os europeus devem estar sempre gratos ao povo e soldados norte-americanos. Mas a gratidão tem limites e os europeus não podem, não deveriam, pactuar incondicionalmente com os criminosos norte-americanos que nos poderes, civis e militares pretendem dominar o planeta cometendo as mais hediondas barbaridades sobre pretextos descabidos e exacerbados que têm conduzido quase permanentemente a violações dos direitos humanos como haverá memória comparativa só nas maiores barbáries da história universal.
É perante esta história nojenta que nos surgem as quase inimagináveis patranhas e manhas de “inteligências” norte-americanas e seus pares por muitos indícios alojadas em redes sociais. A sede de domínio é suficientemente porca para se invadir a privacidade de qualquer cidadão do mundo através daquilo que estiver mais à mão – o Facebook? E que mais?
Este clima doentio de desconfiança, cuja exacerbação se notou ainda mais a partir do hediondo ataque terrorista no WTC, parece imparável - o que convém aos que nas elites dos EUA se apossam de tudo aquilo que considerem riqueza e lhes traga vantagem. Os lucros para eles são enormes e os prejuízos recaem sistematicamente entre os povos do mundo que estão a ser roubados e dizimados graças à febre norte-americana de se apossar do planeta.
Perante tanta selvajaria norte-americana nada custa admitir ser correto que o derrube do WTC com aquele ataque inadmissível, inumano e espetacular (como convinha) tivesse sido arquitetura da panóplia de criminosos em roda de George W. Bush. Uma corrente de intelectuais norte-americanos assim defende. Verdade seja dita que Bush tem tanto de terrorista, ou mais ainda, quanto Osama Bin Laden. Viu-se.
Se bem repararmos, o inacreditável, bom e mau, vem muitíssimo dos EUA. Exatamente por essa razão, apoiada em factos históricos praticados durante muitas décadas, é perfeitamente credível que o Facebook não passe de mais uma artimanha para “vigiar” os cidadãos do mundo que inocentemente pensam e agem de acordo com as pretensões desejadas pelos paranóicos comparáveis a Estaline ou Hitler que tomaram posse dos poderes nos EUA e que querem o mundo, o Universo – se possível.
Se olharmos para a América Latina e recordarmos as práticas dos EUA ao longo de dois séculos podemos apontar o dedo a incontáveis e terríveis crimes ali praticados contra países e povos. O mesmo tem vindo a acontecer em diversas partes do mundo. O Vietname nos anos 60/70. As intervenções “secretas” ou não em África. O Iraque, de onde, como quase sempre, saíram derrotados e contribuíram para o assassínio de centenas de milhares de pessoas e até jovens norte-americanos, a troco de uns quantos da elite doentia ficarem com os saques ali praticados e ainda a praticar...
A história dos EUA no mundo é bastante porca. Porque não o Facebook… Que agora parecerá algo sem importância e até divertida. E no futuro, todos aqueles dados inocentes que forma e dimensão tomarão nas mentes de um diretório dos EUA absolutamente louco? Imaginem, o que faria Hitler com tudo aquilo? Paranóicos criminosos piores que Hitler também existem nas elites dos EUA.
O que fica em questão é: Facebook, ser ou não ser uma arma virada contra o mundo, a que no presente não damos importância. Interrogação ou afirmação?
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