RTP
O presidente da comissão da União Africana apelou hoje às autoridades civis e militares da Guiné-Bissau para que trabalhem rapidamente para a normalização da vida institucional do país de forma a possibilitar o retorno à paz e a estabilidade.
Jean Ping fez este apelo à sua chegada ao aeroporto de Bissau, oriundo de Cabo Verde, para uma visita de algumas horas em que vai analisar com as autoridades civis guineenses o conflito militar de segunda-feira, do qual resultaram dois mortos e a detenção do Chefe do Estado-Maior da Armada, Bubo Na Tchuto.
"As autoridades civis e militares devem tudo fazer para que a Guiné-Bissau possa encontrar a paz, a estabilidade, para que todas as instituições civis e militares possam trabalhar normalmente para que este grande país possa reencontrar o seu lugar no seio dos países da sub-região, no seio da CPLP e no mundo", disse Jean Ping, em declarações aos jornalistas.
O presidente da comissão da União Africana tem um encontro com o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e de seguida reúne-se com o presidente do Parlamento guineense, Raimundo Pereira, que, interinamente, assume a chefia do Estado devido à ausência do Presidente Malam Bacai Sanhá em Paris para tratamento médico.
Jean Ping escusou-se a adiantar aos jornalistas o que vai abordar de concreto com as autoridades guineenses, mas afirmou que já em Cabo Verde abordou com as autoridades cabo-verdianas a situação na Guiné-Bissau.
"Vim agora de Cabo Verde, onde praticamente passei todo tempo da minha estada lá a falar com as autoridades sobre a situação na Guiné-Bissau. Os cabo-verdianos estão bastante preocupados com a situação que se passa aqui. Cabo Verde é um país mais que irmão da Guiné-Bissau", observou Jean Ping.
"Vim cá para estudar e ver com as autoridades quais as formas que poderão levar a uma rápida normalização do país", acrescentou o dirigente africano, oriundo do Gabão.
"Desde o início dos incidentes na Guiné-Bissau, a posição da União Africana tem sido sempre a mesma, apelar e trabalhar no sentido de possibilitar a normalização do país. Que a Guiné-Bissau se estabilize, que recupere a serenidade e que as instituições possam funcionar na normalidade para que este belo país possa ocupar o lugar que merece, não apenas em África, mas no mundo", sublinhou Jean Ping.
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