Minas de diamantes de sonhos e morte. Calvário dos fazedores de riquezas e a extrema pobreza dos Lundas.
Nestes últimos anos o número de projectos de extracção de diamantes em Angola conheceu um substancial desenvolvimento, travado, é verdade pelos nefastos efeitos da crise económica mundial que despoletou em 2007/2008. Apesar disso, nos tempos que correm já podemos antever, de novo, um crescimento da produção, mantendo-se o grande peso do sector informal e das elites governamentais, no seu controlo. De relembrar que, entre 2002 e 2006, a produção de diamantes quase duplicou em Angola – de cinco milhões de quilates para 9,5 milhões – enquanto o rendimento bruto de venda de diamantes cresceu para 1,2 mil milhões de dólares no ano passado. Em meados de 2007, 12 projectos de mineração de diamantes estavam em actividade no país, e 15 prontos para iniciarem produção nos próximos anos, estando ainda na grelha, nessa altura, outros 30 projectos de prospecção em larga escala.
Este intróito dá-nos uma ideia daquilo que constitui na realidade um esforço para aumentar os níveis de exploração diamantífera, o que, mais tarde ou mais cedo, se efectivará, mas, o que sobretudo tencionamos revelar é que esse melhoramento da situação no terreno não significa uma melhoria da vida das populações das zonas mineiras, principalmente, na Lunda Norte e Sul, onde a pobreza é extrema e o desenvolvimento nulo.
Dissimetrias entre os que têm muito e os que nada têm.
Entretanto, nestas oscilações de níveis de desenvolvimento e lucros das sociedades diamantíferas, a organização não-governamental Parceria África-Canadá (PAC) fez um estudo da situação em Angola e revelou ao mundo que uma sociedade de generais angolanos encaixou perto de 120 milhões de dólares, nos últimos dez anos, com uma participação “silenciosa” no negócio dos diamantes.
Assim vista, pelo lado de cima, a exploração diamantífera, mau grado as dificuldades devidas à crise, parece não ter outras razões de queixa que as que se relacionam com uma diminuição de lucros. Porém, vista a mesma actividade pelo lado de baixo, o menos que se possa dizer é que o sector diamantífero vai de mal a pior, e não nos estamos a referir a um caso isolado, mas à situação de todo o sector em geral.
ISABEL ACUSADA DE LIDERAR DESEMPREGO E POBREZA NA LUNDA
A maioria, melhor, a totalidade dos projectos mineiros, na Lunda Norte, são sociedades mistas, entre estrangeiros e angolanos, estes, para não destoar, altos dirigentes do MPLA e ou generais identificados partidocratamente. Pese este facto e de o Leste ter sido um dos baluartes na luta de libertação do partido no poder, as suas populações desde a independência que têm assistido ao minguar da sua qualidade de vida e o avolumar da pobreza extrema.
A Lunda está convertida numa terra de buracos e crateras, causadas pela exploração desenfreada e garimpo de diamantes, que privilegia o valor dos seus “karas”-qualidade e valor da pedra -, do que dos autóctones da região.
O homem Lunda deixou de entrar nas estatísticas governamentais, tanto que hoje se conhece níveis de pobreza e mortalidade antes impensáveis.
E isso pode ser atestado, face ao clamor, chegados ao F8, ao percorrer o caminho espinhoso, de uma província rica, mas abandonada e onde apenas conta no mapa de delapidação dos seus mineiros e ainda assassinatos e exploração dos seus filhos, por parte dos coronéis e generais.
Neste momento, por exemplo, temos vários projectos dos senhores das minas, que atiraram as suas populações ao desemprego forçado e desumano como; FuUma (N`zagi), Luxinje, (N`zagi), Luarica, Camutué, Yetwene, Thegi, Camuanzanza e Cacuàla, todos eles situados no munícipio do Lucapa, que não pagam salários aos trabalhadores angolanos há mais de um ano.
O projecto Camutué, segundo a denúncia, “(…) deve aos antigos trabalhadores, 9 meses de salários, subsídios de férias e indemnizações, mas este problema não é só do Eng.º Noé José Baltazar, director-geral, porque a dona da empresa é a Srª. Isabel dos Santos, filha do presidente da República, que até ao momento não se dispõe a disponibilizar dinheiro para o pagamento da maioria dos trabalhadores angolanos. Apenas pagaram alguns bajuladores do comité de especialidade do MPLA, pensando que seria suficiente para acalmar os ânimos e cidadãos estrangeiros”.
REGIME COLOCA MILHARES DE MINEIROS NO DESEMPREGO
São mais de 3000 trabalhadores no desemprego “a sofrer, ante o silêncio cúmplice do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que nunca veio a nossa terra, senão mandar buscar dinheiro, para enriquecer os seus filhos e a sua família, o governador provincial, um caudilho do regime, que também, está a tirar e o presidente da Endiama, apenas preocupado em enriquecer e transferir dinheiro para a terra da sua mulher estrangeira, por isso nada fazem, ante a nossa miséria e morte de fome”, lê-se numa carta denúncia chegada ao F8.
E as coisas vão mal nas terras das Lundas, onde o mal-estar dos trabalhadores afectados pelo não cumprimento das obrigações patronais parece que se vai estendendo por toda aquela zona diamantífera, de forma cada vez mais abrangente, como confirmado pelo documento que nos foi entregue: “o projecto Luarica, não paga salário ao pessoal há 17 meses. O Thegi não paga há mais de 1 ano.
O projecto Cacuála, não paga há mais de 2 anos.
“O projecto Luxinge, inaugurado em 2010, com pompa e circunstância, pelo ministro Joaquim David em companhia do governador da Lunda Norte e do PCA da Endiama, caricatamente, quatro meses depois começou com aquilo que nós já estamos habituados; falta de salários e já la passam 12 meses”.
O projecto Ximbongo(N`zagi), este também já começou com atraso de 4 meses de salários», por aí fora.
Mas o pior, no sentido de ofensa aos trabalhadores autóctones que labutam nas minas é que, além de todos estes atrasos serem um atentado à sua dignidade, que contraria o postulado constitucional “quedamo-nos sem perceber por que razão eles só acontecem com os angolanos, porque com os expatriados isto não acontece”…
É claro que situações deste gabarito suscitam reacções pouco abonatórias de consensos e a verdade é que, mesmo recorrendo aos tribunais, nada se resolve, todas estas empresas foram processadas pelos trabalhadores, mas até agora nada, nenhuma delas foi condenada a pagar qualquer indemnização aos lesados pelas suas exacções, por serem de membrtos do regime a quem a justiça partidarizada protege e oculta os seus hediondos crimes, o que nos leva a questionar a tão badalada campanha de combate à pobreza, inserida nos discursos do presidente Eduardo dos Santos, que dirtige Angola muito distante da sua realidade”.
Daí que muitos se interroguem: Qual combate, qual carapuça! Toda essa gente está votada a um abandono total, por parte dos patrões, por parte das autoridades locais, por parte da Justiça e por parte do próprio Executivo, que, pura e simplesmente, os ignora totalmente.
O trabalhador nas Lundas em Angola, e é assim que termina o documento – queixa a que temos vindo a aludir, diz: “O MINEIRO NA TERRA DOS DIAMANTES NÃO PASSA DE UM MENDIGO”.
A maioria, melhor, a totalidade dos projectos mineiros, na Lunda Norte, são sociedades mistas, entre estrangeiros e angolanos, estes, para não destoar, altos dirigentes do MPLA e ou generais identificados partidocratamente. Pese este facto e de o Leste ter sido um dos baluartes na luta de libertação do partido no poder, as suas populações desde a independência que têm assistido ao minguar da sua qualidade de vida e o avolumar da pobreza extrema.
A Lunda está convertida numa terra de buracos e crateras, causadas pela exploração desenfreada e garimpo de diamantes, que privilegia o valor dos seus “karas”-qualidade e valor da pedra -, do que dos autóctones da região.
O homem Lunda deixou de entrar nas estatísticas governamentais, tanto que hoje se conhece níveis de pobreza e mortalidade antes impensáveis.
E isso pode ser atestado, face ao clamor, chegados ao F8, ao percorrer o caminho espinhoso, de uma província rica, mas abandonada e onde apenas conta no mapa de delapidação dos seus mineiros e ainda assassinatos e exploração dos seus filhos, por parte dos coronéis e generais.
Neste momento, por exemplo, temos vários projectos dos senhores das minas, que atiraram as suas populações ao desemprego forçado e desumano como; FuUma (N`zagi), Luxinje, (N`zagi), Luarica, Camutué, Yetwene, Thegi, Camuanzanza e Cacuàla, todos eles situados no munícipio do Lucapa, que não pagam salários aos trabalhadores angolanos há mais de um ano.
O projecto Camutué, segundo a denúncia, “(…) deve aos antigos trabalhadores, 9 meses de salários, subsídios de férias e indemnizações, mas este problema não é só do Eng.º Noé José Baltazar, director-geral, porque a dona da empresa é a Srª. Isabel dos Santos, filha do presidente da República, que até ao momento não se dispõe a disponibilizar dinheiro para o pagamento da maioria dos trabalhadores angolanos. Apenas pagaram alguns bajuladores do comité de especialidade do MPLA, pensando que seria suficiente para acalmar os ânimos e cidadãos estrangeiros”.
REGIME COLOCA MILHARES DE MINEIROS NO DESEMPREGO
São mais de 3000 trabalhadores no desemprego “a sofrer, ante o silêncio cúmplice do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que nunca veio a nossa terra, senão mandar buscar dinheiro, para enriquecer os seus filhos e a sua família, o governador provincial, um caudilho do regime, que também, está a tirar e o presidente da Endiama, apenas preocupado em enriquecer e transferir dinheiro para a terra da sua mulher estrangeira, por isso nada fazem, ante a nossa miséria e morte de fome”, lê-se numa carta denúncia chegada ao F8.
E as coisas vão mal nas terras das Lundas, onde o mal-estar dos trabalhadores afectados pelo não cumprimento das obrigações patronais parece que se vai estendendo por toda aquela zona diamantífera, de forma cada vez mais abrangente, como confirmado pelo documento que nos foi entregue: “o projecto Luarica, não paga salário ao pessoal há 17 meses. O Thegi não paga há mais de 1 ano.
O projecto Cacuála, não paga há mais de 2 anos.
“O projecto Luxinge, inaugurado em 2010, com pompa e circunstância, pelo ministro Joaquim David em companhia do governador da Lunda Norte e do PCA da Endiama, caricatamente, quatro meses depois começou com aquilo que nós já estamos habituados; falta de salários e já la passam 12 meses”.
O projecto Ximbongo(N`zagi), este também já começou com atraso de 4 meses de salários», por aí fora.
Mas o pior, no sentido de ofensa aos trabalhadores autóctones que labutam nas minas é que, além de todos estes atrasos serem um atentado à sua dignidade, que contraria o postulado constitucional “quedamo-nos sem perceber por que razão eles só acontecem com os angolanos, porque com os expatriados isto não acontece”…
É claro que situações deste gabarito suscitam reacções pouco abonatórias de consensos e a verdade é que, mesmo recorrendo aos tribunais, nada se resolve, todas estas empresas foram processadas pelos trabalhadores, mas até agora nada, nenhuma delas foi condenada a pagar qualquer indemnização aos lesados pelas suas exacções, por serem de membrtos do regime a quem a justiça partidarizada protege e oculta os seus hediondos crimes, o que nos leva a questionar a tão badalada campanha de combate à pobreza, inserida nos discursos do presidente Eduardo dos Santos, que dirtige Angola muito distante da sua realidade”.
Daí que muitos se interroguem: Qual combate, qual carapuça! Toda essa gente está votada a um abandono total, por parte dos patrões, por parte das autoridades locais, por parte da Justiça e por parte do próprio Executivo, que, pura e simplesmente, os ignora totalmente.
O trabalhador nas Lundas em Angola, e é assim que termina o documento – queixa a que temos vindo a aludir, diz: “O MINEIRO NA TERRA DOS DIAMANTES NÃO PASSA DE UM MENDIGO”.
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