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Lubango, Angola, 10 dez (Lusa) - O MPLA partido no poder em Angola, tem 5 milhões de militantes, que representam mais de um terço dos cerca de 18 milhões de habitantes do país, revelou hoje no Lubango, província da Huíla, o secretário-geral desta formação política.
Citado pela agência Angop, Julião Mateus Paulo "Dino Matrosse, que intervinha no ato central das celebrações da passagem do 55º aniversário da fundação do partido, destacou o facto de o partido sempre ter sabido "adaptar e ajustar as grandes transformações decorrentes no país e no mundo, sendo por isso considerado uma organização dinâmica e atenta".
"Dino Matrosse" acrescentou que o sistema político adotado no primeiro Congresso Ordinário do partido, em 1977, já não correspondia à nova realidade mundial e limitava o seu crescimento, pelo que foi então decidido passar de "partido único e seletivo para o de massas".
"Mercê da sua abertura, o número de militantes cresceu consideravelmente e foi a partir desse momento que se passou a integrar nas suas fileiras membros saídos de outras forças políticas identificadas com o seu programa, quando até ao seu 3º Congresso, em 1991, contava apenas com 65.362 militantes", realçou.
Por essa razão, o MPLA é um "partido nacional, independente, progressista e moderno, cuja política assenta no socialismo democrático", frisou, acrescentando que desde a sua fundação "é a força política que mais tem marcado a história de Angola".
As celebrações do 55º aniversário iniciaram-se em setembro passado e prolongam-se até março de 2012 com diversas iniciativas, de que se destaca a realização na passada semana da 1ª Conferência Internacional Sobre a Historia do MPLA e a atribuição de medalhas aos militantes que se distinguiram na promoção e desenvolvimento do partido.
Neste caso, ainda seguindo "Dino Matrosse", o MPLA vai entregar no total medalhas de mérito a 5 mil dos seus militantes, distribuídos pelas 18 províncias do país.
Largamente maioritário no parlamento saído das eleições gerais de 2008, em que obteve 82 por cento dos votos, o partido está agora a preparar-se para as eleições de 2012, ainda sem data marcada, mas que os prazos constitucionais obrigam à realização na primeira quinzena de setembro.
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