Dulce Furtado - Público
A oposição russa está hoje a reforçar os apelos para uma manifestação maciça amanhã, de contestação aos resultados das eleições de domingo, com o objectivo de levar 30 mil pessoas ao centro de Moscovo – num protesto que recebeu já autorização das autoridades da capital.
O movimento Solidarnost, um dos que se movimenta activamente nas redes sociais no apelo à contestação popular da recondução do Rússia Unida (de Vladimir Putin) ao poder, revelou que a Câmara de Moscovo deu já luz verde para a manifestação, numa praça no centro da cidade – mas não na Praça da Revolução, bem junto ao Kremlin, como era vontade da oposição.
Mais de 33 mil pessoas registaram já a sua intenção, nas redes sociais, de participar neste protesto que poderá – chegando a tais números – ser o maior visto na Rússia desde a chegada de Putin ao poder, ainda em 1999, por designação directa do então Presidente Boris Ieltsin, e a que se seguiram dois mandatos presidenciais e um como primeiro-ministro. Putin, que em 2008 propulsionou Dmitri Medvedev para o Kremlin, estando ele próprio constitucionalmente impedido de concorrer às presidenciais (após ter cumprido dois mandatos consecutivos), vai em Março próximo voltar a candidatar-se à chefia de Estado.
A manifestação de amanhã está marcada para decorrer entre as 10h e as 14h (locais, menos quatro horas em Portugal continental), segundo a página criada no Facebook consagrada à “manifestação por eleições honestas”. Outros protestos estão a ser preparados em dezenas de outras cidades russas, até aos montes Urais e à Sibéria – todas com o mesmo propósito de exigir a anulação do sufrágio de 4 de Dezembro, que a oposição denuncia como fraudulento e no qual os observadores internacionais registaram “violações frequentes”, incluindo a entrada irregular de boletins nas urnas de voto.
O Rússia Unida foi dado como vencedor das eleições legislativas, com 49,3 por cento dos votos e maioria absoluta na Duma (câmara baixa do Parlamento) – um resultado que lhe permite manter o controlo legislativo mas, ao mesmo tempo, espelha uma tendência em queda do domínio mantido na Rússia há mais de uma década por Putin, com menos 77 deputados do que na anterior legislatura e a perda de maioria constitucional.
Putin avisou ontem que qualquer acto da oposição que infrinja às leis terá reacção das “forças da ordem, que devem exigir o respeito da lei por todos os meios”. Ao longo dos últimos dias, assim que eclodiram os primeiros protestos contra as eleições, na segunda-feira, foram detidas centenas de manifestantes, entre eles líderes da oposição, e alguns foram condenados a penas de prisão até 15 dias “por desacatos” e “desobediência às autoridades”.
Hoje mesmo o Ministro do Interior, Rachid Nourgaliev, reiterou o alerta de que a polícia estancará “qualquer tentativa de organizar eventos [de protesto] não autorizados”, depois de alguns activistas da oposição terem anunciado que – mesmo face à negativa das autoridades de Moscovo – pretendem reunir-se na Praça da Revolução amanhã antes de se encaminharem em marcha para o local onde a manifestação está autorizada.
Mais de 33 mil pessoas registaram já a sua intenção, nas redes sociais, de participar neste protesto que poderá – chegando a tais números – ser o maior visto na Rússia desde a chegada de Putin ao poder, ainda em 1999, por designação directa do então Presidente Boris Ieltsin, e a que se seguiram dois mandatos presidenciais e um como primeiro-ministro. Putin, que em 2008 propulsionou Dmitri Medvedev para o Kremlin, estando ele próprio constitucionalmente impedido de concorrer às presidenciais (após ter cumprido dois mandatos consecutivos), vai em Março próximo voltar a candidatar-se à chefia de Estado.
A manifestação de amanhã está marcada para decorrer entre as 10h e as 14h (locais, menos quatro horas em Portugal continental), segundo a página criada no Facebook consagrada à “manifestação por eleições honestas”. Outros protestos estão a ser preparados em dezenas de outras cidades russas, até aos montes Urais e à Sibéria – todas com o mesmo propósito de exigir a anulação do sufrágio de 4 de Dezembro, que a oposição denuncia como fraudulento e no qual os observadores internacionais registaram “violações frequentes”, incluindo a entrada irregular de boletins nas urnas de voto.
O Rússia Unida foi dado como vencedor das eleições legislativas, com 49,3 por cento dos votos e maioria absoluta na Duma (câmara baixa do Parlamento) – um resultado que lhe permite manter o controlo legislativo mas, ao mesmo tempo, espelha uma tendência em queda do domínio mantido na Rússia há mais de uma década por Putin, com menos 77 deputados do que na anterior legislatura e a perda de maioria constitucional.
Putin avisou ontem que qualquer acto da oposição que infrinja às leis terá reacção das “forças da ordem, que devem exigir o respeito da lei por todos os meios”. Ao longo dos últimos dias, assim que eclodiram os primeiros protestos contra as eleições, na segunda-feira, foram detidas centenas de manifestantes, entre eles líderes da oposição, e alguns foram condenados a penas de prisão até 15 dias “por desacatos” e “desobediência às autoridades”.
Hoje mesmo o Ministro do Interior, Rachid Nourgaliev, reiterou o alerta de que a polícia estancará “qualquer tentativa de organizar eventos [de protesto] não autorizados”, depois de alguns activistas da oposição terem anunciado que – mesmo face à negativa das autoridades de Moscovo – pretendem reunir-se na Praça da Revolução amanhã antes de se encaminharem em marcha para o local onde a manifestação está autorizada.
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