quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Portugal: DECO DIZ QUE AUMENTO DA ELETRICIDADE NÃO É SÓ DE 4 POR CENTO



TSF

A Associação de Defesa do Consumidor afirma que o aumento da factura da electricidade, hoje anunciado, «esconde um agravamento muito superior» e exigiu uma redução de 30 por cento dos custos políticos até 2013.

A DECO lembra que a factura já foi agravada em 16 por cento, com a subida da taxa do IVA, em Outubro, e sublinha que o Governo adiou a cobrança de mil milhões de euros, correspondente a cerca de 50 por cento dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), mas que os consumidores terão de suportar estes custos mais tarde.

«Estes custos, resultantes de opções políticas e medidas legislativas para subsidiar o sector, já deveriam ter sido reduzidos, tal como exigiu a DECO, e 170 mil assinantes da petição entregue na Assembleia da República em 2010», reivindicou, num comunicado.

A DECO pede, por isso, «um plano concreto de redução dos CIEG com o objectivo de uma redução de 30 por cento desses custos até 2013».

A associação considera que esta é a única maneira de reduzir a factura de electricidade e caminhar para a sustentabilidade do sector, salientando que a própria troika recomendou uma revisão destes custos no memorando de entendimento assinado com o Governo.

«O Governo ignorou essa recomendação, embora tenha sido lesto a antecipar outra - a subida do IVA. É uma política de dois pesos e duas medidas, sempre desfavorável ao consumidor, que a DECO nunca poderá aceitar», conclui o comunicado.


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