domingo, 4 de dezembro de 2011

Portugal: PASSOS COELHO DISPOSTO A “TODAS AS BATALHAS” PARA ALTERAR LEI LABORAL




JORNAL DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu este domingo não ter "medo de greves" e prometeu "travar todas as batalhas" para alterar uma lei laboral que actualmente apenas gera "desemprego e precariedade".

Para Passos Coelho, "o maior mito que se tem vivido na sociedade portuguesa é que não se pode mexer na legislação laboral para não afectar os direitos" dos trabalhadores.

"A quem serve este regime, que supostamente é extremamente avançado de direitos sociais? Que regime avançado é este que só gera desemprego, precariedade, recibos verdes ou contratos a termo? Temos medo das pressões, ou da contestação ou das greves que possam surgir? Eu não tenho!", frisou, no discurso da sessão evocativa em memória de Francisco Sá Carneiro, no Porto.

Passos Coelho esclareceu que, com a actual legislação, existem "cada vez menos trabalhadores, porque aqueles que podem oferecer emprego têm medo de o fazer, a não ser em regime de recibo verde".

Quanto maior for a incerteza "maior é o medo dos investidores" e "quem quer trabalhar tem cada vez menos oportunidades, a não ser nas piores condições e nas mais precárias", descreveu o primeiro-ministro.

"Queremos criar emprego para os mais jovens porque não os queremos condenar à falta de esperança que hoje reina. Em seu nome, travaremos todas as batalhas que forem necessárias para, nos limites da Constituição, alterar as leis laborais", assegurou.

Falando na necessidade de um Estado menos pesado e mais justo, Passos Coelho notou que, no actual Governo, "não há paladinos das empresas", ao contrário do que já aconteceu.

"O país precisa que, na economia que temos hoje, o Estado pese menos, mas seja mais justo. Que não ande a tomar partido. Que se mostre isento. Que não haja empresas que têm paladinos nos governos, como já aconteceu muitas vezes. No Governo a que presido não há paladinos das empresas. É o Governo todo que é paladino da economia", sublinhou.

O primeiro-ministro apelou ainda ao país para que não se deixe "impressionar por esses elementos extraordinários que prometem sempre um mundo melhor mas nunca dizem como se chega lá".

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