DESTAK - LUSA
Mais de 700 manifestantes da oposição russa foram detidos na véspera em Moscovo e São Petersburgo, continuando uma grande parte em várias esquadras da capital russa.
Mais de 560 militantes da oposição foram detidos em Moscovo durante uma manifestação para contestar a vitória do Partido de Vladimir Putin, primeiro-ministro, nas legislativas, anunciam as agências russas citando fontes policiais.
"Os polícias detiveram 569 pessoas que tentaram participar num ajuntamento sem autorização na Praça Triunfalnaia", indicou uma das fontes.
Segundo testemunhas citadas pela imprensa russa, a polícia atuou com brutalidade contra os manifestantes que exigiam eleições livres e a demissão de Vladimir Putin. Alguns dos apoiantes da oposição tiveram de receber assistência médica no hospital.
A polícia deteve também cerca de 200 manifestantes em São Petersburgo, a sua cidade da Rússia.
Além disso, realizaram-se manifestações de protesto em grandes centros urbanos como Ekaterimburgo, Novossibirski, Rostov no Don e Saratov.
Na véspera, as autoridades russas anunciaram a mobilização de forças policiais suplementares para manter a segurança.
Na segunda-feira, milhares de opositores (2 000 segundo a polícia, até 20 000 segundo os organizadores) reuniram-se na capital russa, numa manifestação sem precedentes nos últimos anos em Moscovo, e mais de 300 pessoas foram detidas, entre os quais estavam o conhecido advogado Alexei Navalni e um dirigente do movimento da oposiçãi liberal Solidariedade, Ília Iachin.
Estes dois foram condenados a 15 dias de prisão por "desobediência às autoridades".
As eleições legislativas de domingo ficaram marcadas por uma perda significativa de votos da parte do Partido Rússia Unida, dirigido por Vladimir Putin e Dmitri Medvedev, bem como por numerosas infrações, denunciadas pela oposição e observadores internacionais.
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