sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Total investe 200 milhões de dólares em busca de petróleo no bloco 1 da zona conjunta



SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

ABEL VEIGA – TÉLA NÓN

A companhia petrolífera francesa Total, anunciou esta quarta – feira que no próximo ano vai investir 200 milhões de dólares, na realização de dois furos sobre o bloco 1 da zona conjunta São Tomé e Príncipe – Nigéria. A prospecção do bloco 1 esteve paralisada desde 2006.

Há cerca de 1 ano que a Total, passou a ser operadora do bloco 1 da zona de exploração conjunta de petróleo entre São Tomé e Príncipe e a Nigéria. A companhia francesa comprou os direitos que pertenciam a empresa norte americana Chevron Texaco.

Esta última, decidiu abandonar o bloco 1 após a realização de dois furos no ano 2006. Na altura a Chevron Texaco, disse que a quantidade de petróleo que encontrou no bloco 1 não tinha valor comercial, ou melhor, não era suficiente para ser comercializado. O acordo assinado com a Autoridade Conjunta, obrigava a Chevron Texaco a realizar mais furos de prospecção no bloco 1, coisa que não foi feita.

A Total que já opera num bloco de petróleo da zona económica exclusiva da Nigéria, próximo do bloco 1 da zona conjunta, decidiu comprar os direitos da Chevron Texaco. Pretende utilizar a mesma plataforma instalada no bloco das águas territoriais nigerianas, para explorar o bloco 1 caso descubra petróleo em quantidade no referido bloco.

Esta quarta feira em São Tomé, e pela primeira vez, a Autoridade Conjunta que gere todos os recursos da fronteira comum entre os dois países, reuniu-se com a Total em São Tomé, para definir o programa de actividades a serem desenvolvidas no ano 2012 em relação ao bloco 1.

A Autoridade Conjunta saudou a iniciativa da Total, que veio dar dinamismo ao processo de prospecção de petróleo no bloco 1. Para além da Total, duas outras companhias petrolíferas têm participação no bloco, nomeadamente a Adax Petroleum e a Equite Exploration Ressources.

François Le Cocq, Director Executivo da Total na sub-região africana, garante que a sua empresa vai investir 200 milhões de dólares nas operações de perfuração do bloco 1. «Temos um programa bastante ambicioso que consiste em fazer dois furos de exploração, num investimento de 200 milhões de dólares», assegurou.

A Total acredita que terá sucesso na prospecção, o que permitirá a exploração de hidrocarbonetos na zona conjunta com a Nigéria. «Temos esperança que tenhamos sucesso na realização dos dois furos que vamos fazer. Daqui há um ano vamos ter os resultados das perfurações, e então sabermos como avançar neste processo», pontuou.

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