quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Adida comercial de Moçambique otimista quanto a acordo com Portugal sobre Cahora Bassa



Dinheiro Vivo – Lusa, com foto

Portugal está a negociar a venda de 15% da participação que detém na Hidroelétrica de Cahora Bassa

A adida comercial da Embaixada de Moçambique em Lisboa manifestou-se hoje otimista quanto ao acordo sobre a venda dos 15% que Portugal ainda detém na Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), mas não arriscou qualquer previsão temporal.

"Existe um entendimento político saudável, e julgo que os nosso dirigentes irão tomar a decisão correta no momento correto", referiu Filomena Malalane, que falava em Braga, à margem de uma conferência sobre oportunidades de negócios em Moçambique.

A diplomata assegurou que a mudança de governo em Portugal "não mudou nada" nas relações entre os dois países e nas negociações relacionadas com a HCB.

"Os nossos dirigentes têm clareza no que são os objetivos dos países, não mudou nada, as relações continuam a ser saudáveis", frisou Filomena Malalane.

Disse ainda que "não há nenhum impasse" nas negociações e que nunca achou que esta fosse uma questão difícil de resolver.

"Julgo que encontrarão a solução adequada no momento adequado, disso tenho a certeza", reiterou, afirmando desconhecer se a negociação estará fechada antes da privatização da REN.

Portugal e Moçambique ainda não chegaram a acordo sobre a venda dos 15 por cento que Portugal ainda detém na HCB, por questões técnicas e financeiras.

A diferente perspetiva dos dois países sobre o real valor dos 15 por cento das ações que o Estado português ainda detém na HCB estará a complicar um negócio que devia ter ficado fechado até ao final de 2010.

Segundo notícias veiculadas nos últimos meses em jornais portugueses e moçambicanos, Lisboa pretende que a venda seja feita a preços de 2006, quando reverteu a maioria do capital da HCB para Moçambique, o que significaria 140 milhões de euros.

Mas para Moçambique as ações valerão apenas 117,5 milhões de euros, menos 22,5 milhões de euros do que a verba pretendida por Portugal.

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