Filomeno Manaças – Jornal de Angola, opinião, em A Palavra ao Diretor
O ano novo chegou e os angolanos entram para 2012 com níveis de confiança altos. Em 2011 foi cumprida mais uma maratona de 365 dias de trabalho árduo e o balanço é francamente positivo.
O país confirmou as expectativas de crescimento económico que já vinha registando desde que se alcançou a paz e, mais do que isso, a estatística prova que a diversificação está a ganhar terreno para que Angola deixe de ser um Estado dependente predominantemente do petróleo. O sector não petrolífero da economia cresceu 9 por cento e essa é uma demonstração inequívoca de que foi possível gerar milhares de novos empregos em áreas onde devido à guerra o investimento era simplesmente um redondo zero. A economia nacional cresceu na ordem dos 3,4 por cento em 2011 e o optimismo leva-nos a acreditar que este ano o ritmo, além de manter-se, pode mesmo melhorar, não obstante factores de constrangimento que a crise económica e financeira internacional pode produzir e fazer repercutir em vários países.
No plano social o programa de habitação segue imparável. Milhares de novos fogos foram construídos e muitos angolanos passaram a ter a sua própria casa. O ano 2012 vai seguramente confirmar que o engajamento do Executivo em melhorar as condições de vida da população e particularmente dos jovens não é uma utopia. Em todo o país projectos que deram o pontapé de saída em 2011 e em anos anteriores vão confirmar que a reconstrução económica entra este ano numa nova etapa, cumprida que foi a fase do lançamento das infra-estruturas essenciais nas quais o desenvolvimento deve assentar.
No domínio da água, do fornecimento e distribuição de energia, do combate à fome e à pobreza, da melhoria do ensino e da prestação de serviços de saúde, o país não parou. Os programas municipalizados vieram dar uma lufada de ar fresco à gestão da administração pública e hoje são apontados como a “varinha mágica” que está a permitir mudar a face de muitas localidades do interior do país. Quem está em Luanda e não viaja pelo país não tem a dimensão do que eles representam e das mudanças que estão a introduzir na vida das populações.
O país está a mudar e 2012 vai confirmar que é forte a aposta do Executivo em que as mudanças para melhor na vida das populações continuem a ser efectivas e que os gestores públicos se esmerem para cumprir com o objectivo de bem servir e oferecer serviços de qualidade.
No plano político os angolanos souberam reafirmar em 2011 o seu compromisso sério com a paz, a estabilidade e reconstrução quando por cá espíritos incautos procuravam alinhar com os ventos da chamada “primavera árabe”. Ficou claro desde logo a intenção de se pretender manchar a jovem democracia angolana, de querer levar o país para o caos que reina naqueles onde ela teve início.
Os angolanos foram às urnas em 2008 e legitimaram com larga maioria o partido que hoje governa o país. Não deixaram margens para dúvidas de que o que pretendiam era ver Angola reerguer-se dos escombros da guerra. Os resultados estão à vista e o Executivo continua empenhado não só em melhorar as condições de vida dos angolanos, como a prosseguir uma política de inclusão social de grande abrangência porque entende que todos devem participar na tarefa de reconstrução do país.
A promoção e o reforço do diálogo com as várias forças políticas e entidades representativas da sociedade permitiram ao Executivo e aos parceiros sociais sublinhar a importância de se encarar com sentido de Estado o desenvolvimento do país. No seu discurso sobre o estado da nação proferido em Outubro no Parlamento, o Presidente José Eduardo dos Santos tratou de incentivar que se aprimore o diálogo social no sentido de serem encontradas e aplicadas soluções consensuais, mostrando assim qual o verdadeiro caminho que se deve seguir em democracia.
O arranque em 2011 do processo de reconfirmação e actualização do registo eleitoral, que agora em 2012 vai prosseguir, também se revelou uma demonstração inequívoca da aposta do Executivo na consolidação da democracia angolana.
Os angolanos têm, por isso, razões para entrar em 2012 com níveis de confiança altos, porque o país está no rumo certo.
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