V. Muautende, Saurimo
SAURIMO - O cidadão de nome Cagigi Futcheca Cangolo, de 34 anos de idade, proprietário da viatura TOYOTA, vulgo rabo de pato, cor preta com a matricula LD-42–09–AC, viu a mesma a ser danificada por um agente da Policia Nacional de Angola, na cidade de Saurimo, encarregado da empresa de limpeza e saneamento básico Sonauto, sem poder fazer nada, e ainda foi espancado, torturado e aprisionado durante 5 dias com mais duas pessoas que viajavam juntos na viatura.
O bárbaro ato teve lugar no dia 11 de Novembro de 2011, quando este foi interceptado por dois agentes reguladores de trânsito, os Srs Júlio de Araújo Mateus e Alberto Francisco Mabuta.
Fomos interceptados pela policia de trânsito, porque eu havia buzinado, com o objectivo de afastar as crianças que estavam no meio da rua, porque a buzina do meu caro era igual à utilizada nas viaturas da policia eles pararam-me e logo perguntaram: Porque você tem essa buzina no teu caro?
Respondi que comprei o carro em Luanda já com este tipo de buzina, sem mais palavras, pediram a chave e os documentos e mandaram-nos sair da viatura. De seguida apareceram outros agentes, que sem perguntarem começaram a espancar-nos, levando-nos para a esquadra, e ainda continuaram a bater em nós durante 5 dias. Depois deram-nos soltura sem mais nada.
O meu espanto, foi quando saímos da prisão, recebi os documentos e a chave mas quando fui ver a minha viatura no parque da Policia vi que o carro estava danificado, sem recuperação. Perguntei como aquilo aconteceu, um policia disse-me que, aqueles que vos colocaram na prisão é que acidentaram a mesma.
No dia 17 de Novembro, escrevi uma carta e dirigida ao Sr Procurador Províncial (PGR), com cópia ao Sr Comandante da Policia da Lunda-Sul e uma outra Carta para a Senhora Governadora Cândida Narciso.
Desde Novembro de 2011 até agora, Janeiro de 2012, nenhuma instituição se dignou a dar-me resposta. Fui espancado sem causar problema, colocaram-me na cadeia sem cometer crime e ainda destruiram a minha viatura. Quanta impunidade nesta cidade perante os olhos dos órgãos oficiais e ninguém se importa com a vida da população, disse a concluir o Sr Cagigi.
Vou levar este caso aos tribunais de Luanda, talvez ai possa haver solução, já que aqui, nem mesmo a senhora governadora foi incapaz de dar qualquer resposta.
- Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe
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