sábado, 21 de janeiro de 2012

Há indícios de presença de ouro e crómio mas são precisas mais pesquisas- geólogo português



MSE - Lusa

Díli, 20 jan (Lusa) - O geólogo Pedro Nogueira, da Universidade de Évora, disse hoje que à agência Lusa que há indícios da presença de ouro e crómio em Timor-Leste, mas a sua existência tem de ser estudada e avaliada.

Pedro Nogueira falava à agência Lusa no final do primeiro Congresso Internacional de Geologia, que decorreu em Díli e teve início no passado dia 14.

"Existem indícios que já se conhecem desde tempos antigos. O ouro e o crómio são exemplos de alguns recursos que já estão descritos desde o tempo português, foram estudados no tempo indonésio, mas pouco, e agora têm de ser novamente estudados e avaliados", afirmou o geólogo português.

Segundo Pedro Nogueira, a existência de ouro e crómio é uma questão para ser avaliada no futuro.

"Neste momento nós sabemos que existem indícios e isto é como ser um detetive. Nós estamos à procura de pistas, já temos algumas pistas, temos que juntar as peças todas para saber quais são o seu valor", explicou, sublinhando que neste momento já existem investigadores a fazer trabalhos naquela área.

Durante o congresso foram também analisados os riscos de deslizamentos de terras e inundações que ocorrem no país provocados essencialmente com as chuvas.

No congresso estiveram reunidos pela primeira vez muitas das equipas que têm trabalhado em Timor-Leste na área da geologia.

"Também tivemos pela primeira vez um número grande de estudantes timorenses, que neste momento já são geólogos, a apresentar os seus trabalhos e isso é história", considerou Pedro Nogueira.

"O que mostra este congresso é que neste momento Timor começa a ter os meios técnicos e humanos capazes de responder a essas questões", disse, salientando que os técnicos timorenses já têm capacidade de apresentar trabalhos de qualidade internacional.

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