Testemunha dos confrontos fala com a Voz da América – foto António Capalandanda / VOA |
António Capalandanda, Huambo – VOA - 18 janeiro 2012
Confrontos entre militantes do MPLA e da UNITA resultaram na morte de três pessoas supostamente afectas ao partido no poder e na detenção de cerca de oitos indivíduos da oposição, na comuna do Alto Hama, província do Huambo.
Confrontos entre militantes do MPLA e da UNITA resultaram na morte de três pessoas supostamente afectas ao partido no poder e na detenção de cerca de oitos indivíduos da oposição, na comuna do Alto Hama, província do Huambo.
Segundo relatos ouvidos pela Voz da América no local duas pessoas morreram imediatamente e uma outra acabou por falecer no hospital. Dos três feridos graves da oposição, dois encontram-se detidos, na sequência de pancadaria entre os membros das principais forças políticas angolanas.
O incidente ocorreu na madrugada segunda-feira e o número preciso de feridos ainda está por determinar. O clima é de tensão na localidade. Informações não confirmadas dão conta de populares a abandonarem a suas residências e se fixarem nas montanhas, com medo de sofrerem represálias.
Em declarações à Voz da América, o secretário comunal da UNITA do Alto Hama, Evaristo Hosse, disse que os militantes do seu partido agiram em legítima defesa, contra a suposta agressão de um grupo afecto ao MPLA, acusando a administradora daquela comuna de ter orientado as estruturas locais da sua organização partidária a desencadear actos de violência política.
"O secretário do MPLA do comité do sector da Bonga é quem organizou as pessoas, tendo transportado os indivíduos até ao Luvili," disse o político, acrescentando que " chegado no terreno, o secretário do Luvili organizou as pessoas e distribuiu o grupo em três bairros onde entraram em catanadas, resultando em morte e ferimentos."
Domingos Albano Tchissanda uma das testemunhas alega que os supostos agressores invadiram as residências na calada da noite, tendo destruído todos os haveres dos populares da comunidade de Luvili.
"Bateram as nossas portas com catanas, entraram. Partiram as cadeiras e mesas, todos os haveres das casas," contou Tchissanda.
A VOA tentou ouvir a administradora do Alto Hama, mas ela disse que falaria para imprensa estatal, enquanto que o comando provincial da polícia remeteu os seus pronunciamentos para próximas ocasiões.
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