segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

"Informação plural" é requisito para eleições livres em Angola - activista




Panguinho de Oliveira, Luanda - VOA, com foto

“Até que ponto é que eu vou poder aceder a diferentes opiniões para poder fazer uma escolha?”

O acesso à “informação plural” é um requisito essencial para a realização de eleições livres em Angola, disse à Voz da América Sérgio Kalumdungo, director-geral da Associação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente, ADRA.

Falando á Voz da América sobre as perspectivas para o ano de 2012 em Angola, Kalumdungo disse que a atenção de todos tem estado virada para a necessidade de formação de uma comissão eleitoral independente.

Contudo, disse, outros factores têm que ser tomados em conta para se garantir a realização de eleições imparciais.

“Qual é o acesso que vamos ter á informação plural?” interrogou.

“Até que ponto é que eu vou poder aceder a diferentes opiniões para poder fazer uma escolha?” interrogou ainda o activista para quem existe “um controlo excessivo dos orgãos de comunicação social por parte de uma das partes que vai concorrer ao pleito eleitoral”.

Para além de Kalumdungo a Voz da América falou também com o activista Bernardo Castro que considerou a disparidade entre ricos e pobres e a gestão dos bens públicos como os principais desafios da sociedade angolana para este ano.

“Temos um grande problema no país que é a pobreza,” disse o activista para quem existe ainda “ o grande problema de injustiças sociais que são responsáveis pelos índices de pobreza cada vez mais elevados no país”.

Bernardo Castro sublinhou tambem a necessidade de “uma maior diálogo entre o poder estadual e o poder tradicional”.

*Ouça a conversa com os dois activistas no original

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