Angola Press, com foto
Luanda - Duzentos e sessenta e cinco médicos cubanos poderão vir trabalhar à Angola, ainda este ano, para reforçar o Sistema Nacional de Saúde (SNS), anunciou hoje, quarta-feira, o embaixador do país caribenho, Pedro Ross Leal, a saída de um encontro com o Vice-presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
De acordo com o embaixador Pedro Leal, a vinda destes médicos está a depender de pormenores contratuais, sublinhando que o seu país tem disponibilidade para ampliar a cooperação.
Afirmou que mil e 300 médicos cubanos trabalham já em 69 municípios das 18 províncias, assim como outros mil especialistas labutam com mil e 500 angolanos na campanha anti-vectorial e de combate e controlo à malária, em 122 municípios.
Existe um plano importante para ampliar esta parceria, mas os dois países cooperam para que Angola forme também especialistas em saúde de que necessita, adiantou.
Afirmou que, na base da cooperação de especialistas cubanos, funcionam já cincos instituições viradas a formação na especialidade de medicina, nomeadamente em Cabinda, Benguela, Huambo, Huila e Malanje, frequentadas por dois mil e 700 estudantes.
O diplomata referiu que outros 300 bolseiros formam-se em medicina em Cuba, podendo terminar as suas licenciaturas a partir do próximo ano, pelo seu aproveitamento, que se destaca entre estudantes estrangeiros de 36 países.
Enalteceu os esforços do governo angolano no desenvolvimento do país, enaltecendo o facto de existirem nove universidades, depois da proclamação da independência nacional, quando em 500 anos de colonialismo português não existia uma única faculdade de medicina.
Pedro Ross Leal disse que a audiência que lhe foi concedida, à Cidade Alta, serviu para balancear a visita do Vice-presidente da República à Cuba, realizada em Fevereiro do ano passado, que considerou muito proveitosa, pelo grande impacto nas relações entre os dois países.
Sublinhou que no domínio político tem contado com o apoio de Angola na condenação do “brutal e criminoso” bloqueio económico e comercial imposto pelos Estados Unidos da América ao seu país, bem como nos esforços diplomáticos para libertação de cinco cidadãos cubanos presos pelas autoridades americanas.
O embaixador cubano explicou que os seus compatriotas foram condenados injustamente, uma vez que os mesmos tentavam desmantelar redes criminosas e terroristas que, a partir dos EUA, atentavam contra a soberania do Estado cubano.
Sem comentários:
Enviar um comentário